O bebê recém-nascido, achado em uma cova rasa em um terreno de Palmeira dos Índios, no Agreste alagoano, na noite de sexta-feira (27), pode ser encaminhado para adoção. De acordo com o Conselho Tutelar do município, a Justiça irá analisar o processo e, se nenhum familiar for localizado, a criança deverá ser encaminhada para adoção.
O caso ocorreu na localidade conhecida como Sítio Lagoa da Canafístula, na zona rural do município. De acordo com a Polícia Civil, uma moradora da região contou que ouviu um choro vindo de um terreno baldio e, quando foi até o local, encontrou uma menina. Até a noite deste sábado (28), a criança permanecia internada na Maternidade Regional Santa Rita, em Palmeira dos Índios.
O conselheiro tutelar Agnaldo Tenório de Barros explicou que, desde que a menina foi achada, a polícia e membros do Conselho investigam possíveis familiares dela. “Tivemos algumas suspeitas, inclusive informações de que uma adolescente daquela localidade estava grávida e sumiu no mesm dia, mas nada foi confirmado”, disse.
Barros explicou que um inquérito será aberto pela polícia para apurar quem é a responsável pela menina e que o Conselho vai acompanhar o caso. “Na próxima segunda-feira vamos até o Fórum da cidade falar com o promotor e o juiz para explicar a situação e já deixá-los cientes de que esse bebê deverá ir para a adoção”, comentou.
Mulher quer adotar criança
O conselheiro disse ainda que a mulher que achou a criança no terreno baldio e a levou até o hospital, identificada apenas como Vera, já manifestou a intenção de ficar com a menina.
“A mulher chorou e ficou muito emocionada. Ela salvou a bebê e disse que se apegou a ela e tem muita vontade de ficar. Se não tiver nenhuma fila de espera e ela for apta, acredito que não haverá problema, mas essa decisão depende do juiz”, observou Barros.
Resgate
A criança recém-nascida foi encontrada por volta de 18h no tereno que fica na parte dos fundos de uma propriedade. Segundo a Polícia Civil, a mulher contou que passava pelo local quando ouviu um choro de bebê.
Chegando no terreno, a mulher encontrou a menina com parte do corpo em uma cova e a outra parte coberta com folha de feijão e pedaços de madeira.
“A mulher correu, pegou um transporte que leva estudantes para a cidade e foi com a bebê até o hospital. A menina estava sem roubas e suja de sangue, mas segundo a médica que a atendeu, passava bem. Só com arranhões por causa dos pedaços de madeira. Conversei com a médica e me disse que a bebê teria que ficar em observação”, falou o conselheiro.