Quem vai parar o
sérvio Novak Djokovic, tenista número 1 do mundo? Neste domingo, o suíço Roger
Federer, apesar do grande torneio até então, não conseguiu a façanha na decisão
do Masters 1000 de Indian Wells. Com 2 sets a 1 após 2h17 de jogo, com parciais de 6/3, 6/7(5) e 6/2, o tenista de Belgrado chegou ao quarto título do torneio e ao
bicampeonato, quebrando ainda a escrita que durava desde 2006, desde quando um
jogador não conseguia defender o troféu no campeonato californiano. Djokovic
ainda chega ao seu 50° título da carreira, o 21° de Masters, além de vencer
Federer pela 18ª vez, enquanto o suíço tem 20 vitórias no confronto.
- Parabéns ao Roger, um
grande campeão e competidor. É sempre um grande prazer jogar contra você. Espero
jogar mais vezes contra você nesse ano. E, como disse o Roger, esse é um dos
melhores torneios do mundo. Sentimos o calor do coração das pessoas e a paixão
dos envolvidos. É sempre um prazer jogar para todos vocês. Apesar de estar
sozinho na quadra, este é um esporte de equipe, um sacrifício de todos.
Agradeço ao meu time por viver uma vida boa e realizar meus sonhos - discursou o
campeão.
Nas estatísticas, foram
oito aces de Djokovic e seis de Federer. Nas duplas faltas, cinco cometidas
pelo campeão, diante de três do suíço. Foram ainda 27 bolas vencedoras de
Federer, uma a mais que Djokovic. Mas o suíço teve 43 erros não forçados, contra 35 de Djokovic.
O jogo
Os dois
tenistas confirmaram seus dois primeiros serviços, mas já no terceiro game do
primeiro set Djokovic mostrou que ia dar trabalho a Federer, e teve a primeira
chance de quebra da partida. O suíço conseguiu salvar para empatar o jogo em
2/2. Em seguida, após confirmar seu saque, o tenista número 1 do mundo começou
atropelando o rival no sexto game, quando teve 0/40 e três chances de quebra.
Federer, com direito a ace, empatou, mas Djokovic voltou a ter uma chance e,
dessa vez, não deixou passar, chegando à quebra para ter 4/2. Foi o suficiente
para o sérvio segurar a vantagem e fechar em 6/3 o primeiro set, em 32 minutos.
Nesta
primeira parcial, Djokovic mexeu bastante com Federer e pôs o suíço para correr
todo o tempo, com golpes na base quase perfeitos, enquanto o rival ficava
fora da zona de conforto. O sérvio conquistou 100% dos pontos em que sacou com
o primeiro serviço, diante de 87% do suíço. Nas bolas vencedoras, foram oito de
Federer e sete de Djokovic. Por outro lado, Federer teve 13 erros não forçados,
e Djokovic apenas seis. Foram ainda cinco chances de quebra para o sérvio, que
aproveitou uma delas, enquanto o adversário não teve chances de quebra.
No segundo
set, foi Roger Federer quem teve logo a primeira chance de quebra, no segundo
game, com direito a um smash com slice impressionante. Mas Djokovic estava
inspirado no serviço, e com um ace salvou, para mais tarde empatar em 1/1 a
parcial. Logo depois, chegou à quebra para ter 2/1. No sexto game, Djokovic
teve nova chance de quebrar o suíço, mas Federer salvou e ainda devolveu a
quebra no oitavo game, deixando tudo igual em 4/4. O jogo então seguiu sem
quebras até o tie-break, quando Djokovic falhou no momento crucial, com direito
a duas duplas faltas, e assim o suíço fechou o desempate em 7/5, para vencer o
segundo set e levar o jogo ao último set.
Na parcial
do meio da partida, que durou 1h03, Djokovic marcou cinco aces, enquanto Federer passou em branco. Nas bolas vencedoras, 11 do
sérvio, uma a mais que o rival. Mas o número 1 pecou com quatro duplas faltas, o
dobro de Federer, além de 18 erros não forçados, contra 15 do suíço.
No set decisivo, Djokovic chegou à quebra logo
no segundo game, mas em seguida sofreu com o suíço. Federer precisou de
cinco chances para devolver a quebra, mas confirmou para deixar a parcial em
2/1. Djokovic, no entanto, era mais constante. O adversário tinha muitos altos
e baixos, e o número 1 do mundo chegou a mais uma quebra no sexto game, para
fazer 4/2 após dupla falta de Federer. E para fechar em alta, mais uma quebra
no oitavo game, fechando em 6/2 o terceiro set, com duração de 42 minutos.