01/05/2015 12h30 - Atualizado em 01/05/2015 13h20

Em vídeo, Dilma defende diálogo para evitar violência em manifestações

Para presidente, é preciso reconhecer legitimidade das 'vozes das ruas'.
Mensagem do Dia do Trabalho foi divulgada em redes sociais do Planalto.

Do G1, em Brasília

No terceiro vídeo divulgado no perfil do Palácio do Planalto no Facebook por ocasião do Dia do Trabalho, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (1º) que vivemos em uma democracia e, por isso, temos de "nos acostumar" com as manifestações e as vozes das ruas. Na mensagem, Dilma defende "diálogo franco" para construir consensos e evitar violência em protestos.

Neste ano, ao contrário de todos anteriores do primeiro mandato, Dilma não fará pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV no Dia do Trabalho. A estratégia do Planalto foi divulgar as mensagens da presidente na internet, em contas do governo nas redes sociais. No último pronunciamento de Dilma em rede nacional, em 8 de março, Dia da Mulher, houve panelaços em diversas cidades do país.

"O Brasil vive hoje em plena democracia. Por isso, temos de nos acostumar às vozes das ruas, aos pleitos dos trabalhadores. Temos que reconhecer como legítimas as reivindicações de todos os segmentos sociais da nossa população", afirma Dilma na mensagem.

"Temos que nos acostumar a fazer isso sem violência e sem repressão. Para isso, nada melhor do que o diálogo franco e transparente entre o governo e a sociedade. [...] Queremos por meio do diálogo construir consensos, evitando a violência e respeitando o direito de opinião e de manifestação", conclui a presidente.

Dilma também anunciou no vídeo que criou um fórum de debates sobre políticas de emprego, trabalho, renda e previdência social. De acordo com a presidente, participarão do fórum as centrais dos trabalhadores, os representantes dos aposentados e pensionistas, os representantes dos empresários e o governo.

"A pauta dos trabalhos que propomos ao fórum é sustentabilidade do sistema previdenciário, bem como regras de acesso, idade mínima, tempo de contribuição e fator previdenciário. Propomos ainda como pauta políticas de fortalecimento do emprego, do trabalho e da renda, medidas de redução da rotatividade, de formalização e aumento da produtividade do trabalho", afirma a petista.

Segundo a presidente, caberá ao fórum encontrar a melhor estratégia e definir os "mais eficientes instrumentos" para que o grupo possa atingir os objetivos de fazer o Brasil crescer "aumentando emprego e renda de todos os trabalhadores."

Salário mínimo
Na primeira mensagem divulgada nas redes sociais, Dilma defendeu a política de seu governo para valorização do salário mínimo. No vídeo, Dilma cita medida que enviou ao Congresso para garantir valorização, nos próximos anos, do salário mínimo, que hoje é de R$ 788.

"Nos últimos 13 anos, o Dia do Trabalho tem sido uma data para avaliar e celebrar as vitórias da classe trabalhadora. A valorização do salário mínimo é uma das maiores conquistas desse período. Em março deste ano eu encaminhei ao Congresso uma Medida Provisória  que garante a política de valorização do salário mínimo até 2019. Por lei, vamos assegurar o aumento do poder de compra do trabalhador", afirmou a presidente.

Terceirização
Em outro vídeo, a presidente Dilma voltou a defender a regulamentação do trabalho terceirizado no Brasil, mas não de forma irrestrita, como aprovada na Câmara dos Deputados. O projeto tramita agora no Senado.

A presidente repetiu o tom do discurso usado em uma reunião com representantes de centrais sindicais na quinta-feira (30), em que destacou a importância de diferenciar atividade-fim (atividade principal da empresa) e atividade-meio.

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