Grupos sindicais se manifestam na Grande Vitória, na manhã desta sexta-feira (29), e a concentração começou às 5h30. Os manifestantes se concentraram na BR-101, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e em frente à Asssembleia Legislativa do estado (Ales).
(Foto: Viviane Machado/ G1)
Trânsito
O trânsito na Segunda e na Terceira Ponte não foi afetado. As cabines amanheceram parcialmente lacradas com chapas de ferro, mas a cobrança do pedágio foi normal.
Houve retenções na Reta do Aeroporto, até as 9h25, e em frente à Ales, onde ocorreu o sistema 'pare e siga'.
Nas primeiras horas da manhã, o trânsito seguia sem retenções na estradas federais que cortam o estado.
O G1 traz um mapa interativo que mostra como está o fluxo de veículos em Vitória. Siga em tempo real onde tem congestionamento, na capital.
Fluxo
Os manifestantes que saíram de Carapina, pela BR-101, foram para a Universidade Federal do Espírito Santo. Eles chegaram por volta das 9h40 e seguiram pelas avenidas Fernando Ferrari e Nossa Senhora da Penha, até o prédio da Federação da Indústria do Espírito Santo (Findes). O protesto foi encerrado às 11h.
Números
Na Assembleia, a Polícia Militar estimou 60 manifestantes, até as 10h. Já a organização, contabilizou 150 pessoas.
Na Ufes, Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), disse que 200 pessoas estavam no Campus de Goiabeiras e se juntaram a 300 manifestantes que saíram da BR-101.
A PM não informou o número de manifestantes na universidade e na Serra.
Ato nacional
O Dia Nacional de Paralisação e Manifestações foi convocado pelas centrais sindicais CUT, CTB, Intersindical, Conlutas, UGT e NCST e os movimentos populares do campo e da cidade. A luta é contra a terceirização, as medidas provisórias que alteram as regras de direitos trabalhistas e o ajuste fiscal.
BR-101 (Foto: Viviane Machado/ G1)
Sindicatos
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), na Serra, Jossandra Rupf, disse luta por melhorias salariais. "Somos contra o que vem acontecendo com a educação na Serra. Somos contra a PL 4330 que tira os direitos dos trabalhadores", disse.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários), Carlos Louzada - o Maguila, informou que a categoria não participa do protesto marcado para esta sexta-feira.
Ações
Manifestantes ligados ao Sindicato Unificado da Orla Portuária do Espírito Santo e Guarda Portuária fecharam a entrada do Porto de Vitória.
Em frente à Ufes, alguns manifestantes usaram fantasias de morte e cada um com a foto e o nome de deputados federais do Espírito Santo. O grupo seguia pela Fernando Ferrari com destino a Ales quando o registro foi feito.
No interior, em Jacupemba, no município de Aracruz, na região Norte do estado, manifestantes do Movimento Sem-Terra (MST) fizeram um protesto em uma das praças de pedágio da BR-101.
O ato começou às 8h, com a entrega de panfletos para os motoristas. Durante alguns minutos da manhã, a cobrança do pedágio foi liberada, mas retomou.
Eles são contra a PL 4330, a taxa do pedágio, e pedem a aceleração da reforma agrária. A organização estima a participação de 120 pessoas.
Polícia
A Polícia Militar informou que não vai adiantar como será feito o esquema de segurança adotado para mobilização anunciada.
A PM informou que sempre atua para garantir a segurança da população, o direito constitucional de ir e vir e o direito à livre manifestação.
Justiça
Em decisão liminar, no final da tarde desta quinta, a 9ª Vara Cível de Vitória proibiu que as vias de acesso à cidade sejam interrompidas por conta das manifestações agendadas para esta sexta-feira.
No mandado, determina-se que seja possibilitado o livre acesso de todas as pessoas e veículos, principalmente daqueles que não aderiram ao movimento. Em caso de descumprimento, foi fixada uma multa de R$ 200 mil por cada sindicato envolvido.
Na decisão, a Justiça considerou que os protestos paralisariam completamente o tráfego na Grande Vitória, caso os manifestantes se reúnam em pontos de acesso e saída à ilha de Vitória.
O juiz Manoel Cruz Doval destacou que os direitos de reunião e de livre manifestação, que estão consagrados na Constituição Federal, deverão ser exercidos de modo moderado e coordenado, evitando-se assim o sacrifício de tantos outros direitos igualmente presentes na lei, como por exemplo, o direito de ir e vir.
O mandado é fruto de uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público contra os sindicatos que estão à frente dos protestos. Francisco Celso Calmon informou que as entidades sindicais ainda não tinham conhecimento algum da decisão, até a noite desta quinta-feira.