MÉXICO — Por ser um dos homens mais procurados em todo o mundo, a lista de pessoas que podiam visitar o traficante Joaquín El Chapo Guzmán na penitenciária de segurança máxima era muito limitada. Entre as poucas pessoas estava a mulher dele, Emma Coronel Aispuro, de 25 anos. Agora, com a segunda fuga do líder do Cartel de Sinaloa, no México, no último domingo, dia 12, o procurador-geral deve convocá-la a qualquer momento para depor, junto com dois advogados de El Chapo e o vice-presidente do Congresso de Sinaloa, Guadalupe Sanchez Lopez, de acordo com o jornal argentino “La Nación”.
Emma Coronel é filha de um traficante de drogas e sobrinha de Ignacio Coronel, morto em um tiroteio com o Exército mexicano em 2010. Parceiro de El Chapo, ele era um dos líderes do Cartel de Sinaloa. Era considerado o terceiro na cadeia de comando do grupo e, por isso, era procurado nos Estados Unidos, que ofereciam US$ 5 milhões por informações que levassem à sua prisão.
Símbolo de beleza, Emma Coronel Aispuro foi coroada, em 2007, como rainha da Grande Feira de Café e Goiaba em Durango, um dos três estados considerados do “triângulo dourado” para o tráfico de drogas no México, com uma significativa presença de soldados do narcotráfico, segundo o site americano “The Daily Beast”. Segundo a imprensa do México e dos Estados Unidos, El Chapo já estava apaixonado e esperou até que a jovem completasse 18 anos para se casar com ela.
Cidadã americana, Emma teve as duas filhas mais novas do traficante nos Estados Unidos, a pedido dele, para protegê-las. Ela é a terceira mulher de Joaquín Guzmán.
Espera-se, agora, que Emma Coronel Aispuro seja chamada para prestar depoimento.
— Há uma possibilidade de que ela possa ter sido envolvida na fuga. Era alguém que podia passar informações — disse, à “Fox News Latino”, o vice-diretor do Instituto do México, Christopher Wilson.
A convocação, no entanto, não seria novidade. A ex-rainha da beleza já foi questionada em outros momentos, mas liberada por não ter ligação com qualquer atividade criminosa. Apesar disso, suas atividades são monitoradas pela agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA, na sigla em inglês).