Um estudo feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) detectou menos de 10% de umidade na vegetação dos municípios de Roraima que decretaram situação de emergência devido à estiagem. O resultado, apresentado nesta quinta-feira (26) durante a 8ª reunião do Comitê Gestor de Combate às Queimadas, motivou a decisão de suspender as emissões de autorização de queimadas em Bonfim, Cantá, Caracaraí, Normandia, Alto Alegre, Mucajaí, Amajari e Iracema.
“Esta é uma situação muito complicada. Índice de umidade baixo e pouca chuva aumentam muito a chance da vegetação queimar facilmente”, alertou o diretor-presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), Rogério Campos.
Ele ressalta que o período de chuvas deve começar apenas na segunda quinzena de abril. “Mas ainda será necessário algum tempo para que essa situação se estabilize e a questão hídrica e a umidade possam melhorar”, afirma.
Até as pessoas que já possuem a autorização emitida não devem fazer queimadas nesse período de suspensão. “Elas podem responder administrativamente, com multa, ou até criminalmente”, enfatiza.
Os órgãos que integram o Comitê Gestor de Combate às Queimadas, dentre eles, a Femarh e a Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa), estão com equipes em campo para fiscalizar se a determinação está sendo cumprida, assim como o Corpo de Bombeiros, que atua de maneira preventiva.
Campos afirma ainda que a suspensão permanece por tempo indeterminado até que haja nova avaliação dos impactos da estiagem nessas regiões. A próxima reunião do comitê será no dia 31 de março, quando será feita nova avaliação sobre a permanência da suspensão.
