O Avaí mostrou força para buscar o empate neste domingo,
diante do Santos, na estreia da Série A. Com gol de Marquinhos, o Leão ficou no
1 a 1 e agradou ao técnico Gilson Kleina pelo espírito de luta apresentado na
Ressacada contra um dos favoritos ao título do Brasileirão, segundo o
comandante.
(Confira os melhores momentos da partida no vídeo ao lado)
Depois de um primeiro tempo nervoso, o Avaí cresceu após o
intervalo e teve três ótimas chances. Anderson Lopes, Roberto e Jéci perderam.
Situações de jogo que fizeram Kleina lembrar de uma citação de Pep Guardiola
após a vitória do Barcelona sobre o Bayern de Munique, pela Liga dos Campeões.
- Foram dois tempos com um panorama diferente. Normal o
nervosismo da estreia, mas enfrentamos uma equipe que vai brigar por título.
Muita qualidade, um conjunto forte. São muitos pontos fortes para você tentar
neutralizar. Mas encaixamos, tivemos uma movimentação boa no meio. Essa semana
assisti ao jogo do Barcelona e vi o Guardiola falando. Não existe sistema para
você parar grandes jogadores, e eles têm muitos jogadores bons. No segundo
tempo, se tivesse um vencedor, seríamos nós. Tivemos boas oportunidades e
perdemos.
O Avaí começa a se preparar para o clássico da Copa do
Brasil. A equipe encara o Figueirense quarta-feira, no Orlando Scarpelli, e pode
até empatar que fica com a vaga na terceira fase da competição nacional.
Confira a íntegra da entrevista coletiva de Gilson Kleina:
Melhora após o intervalo
- Estávamos cometendo erros. O Renan encurta muito e ia tirar
o espaço do Lucas Lima lá no volante. Tínhamos a preocupação de não deixar ele
jogar e conseguimos. Quando ele foi buscar isso e teve o drible, começou a
criar como primeiro homem. Aí depois corrigimos isso, pedimos atenção e
tranquilidade e conseguimos sair para o jogo. Série A é assim, mas gostei da
equipe.
Desgaste para quarta-feira
- Ficamos um tempo inativo e eu falei com os jogadores.
Fazemos os exames e sentimos os jogadores. Era temerária a situação do Renan,
mas ele tratou e disse que tinha condições. Quarta é um jogo de superação,
poupou jogadores, mas vamos mobilizar. Clima de decisão e que fique só nessa
esfera para o futebol de Santa Catarina crescer. Vamos buscar a classificação,
o planejamento foi feito em cima dos três jogadores.
Mudanças no time para o clássico
- Eduardo Neto não vai poder atuar na quarta pelo terceiro
amarelo. Uelliton foi bem, no segundo tempo errou. Eu disse que ele não poderia
errar passes. Ele precisa de ritmo, temos a volta do Eduardo Costa, sem o Neto
perdemos a posse de bola. Mas ganhamos com o Uelliton em outros aspectos, temos
alguns jogadores chegando. Infelizmente o Adriano sentiu no treino de sexta.
Temos jogadores com histórico sem jogar faz tempo e temos que respeitar isso.
Mudança de postura do Avaí em um mês
- São vários fatores. O que eu penso do futebol foi
colocado, olho no olho, transparência e temos que lutar juntos. Estávamos a um
empate de cair na segunda divisão e não estávamos bem. E só íamos mudar tudo se
mudasse a atitude em campo. A equipe está competindo, hoje sofremos o gol e a
torcida pegou no pé. Quando jogou junto, fez a diferença, isso é um combustível
e tem que ser até o final sempre. Mérito é deles que se dedicaram e estamos
fazendo um coletivo forte. Daqui a pouco está o Emerson, o Eduardo Costa, o
Nino, é o trabalho. Pouca folga e muito trabalho.
Crescimento dos laterais
- A gente primeiro faz uma análise e vê como está usando os
laterais. Se a gente usa para dar profundidade, se usa a diagonal, se estamos
travando, como no esquema 4-3-2-1. Tem que ver a confiança, porque se o
resultado não vem, ela baixa. O erro fica na cabeça e você tem que diminuir
isso. Começa a simplificar e o futebol de cada um aflora e você tem que manter
sempre o nível de competição.
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