O governo já aceita negociar um ponto importante e polêmico do ajuste fiscal, que são as novas regras que alteram o pagamento de benefícios socais como pensões, auxílio-doença e seguro-desemprego. O governo abriu as portas para negociar tudo e evitar uma derrota no Congresso na semana que vem.
Essa decisão de ceder foi tomada depois de algumas reuniões em Brasília da presidente Dilma com o vice, Michel Temer, ministros e líderes do Congresso. E depois de Michel Temer - na coordenação política - com ministros da área econômica e parlamentares que estarão na linha de frente das votações no Congresso.
Quem disse que o governo está aberto a negociar as medidas do ajuste fiscal foi ministro da Previdência. “Não há nada definido ainda, não há nada fechado. Todos os temas estão em debate, todos os temas são passíveis de modificação, de aperfeiçoamento. Nós estamos ouvindo os líderes, o relator da medida, o presidente da comissão especial, mista que vai encaminhar a admissibilidade das MPs para que elas sejam remetidas ao plenário. Então até lá tudo é possível. São todos os itens”, afirmou Carlos Cabas.
Nesta terça tem reunião da comissão encarregada de votar a medida provisória que restringe acesso aos benefícios trabalhistas, e muda regras para a concessão do seguro-desemprego e abono-salarial.