Argel
evitou reclamar diretamente da arbitragem no empate em 2 a 2, diante do
Botafogo, no Orlando Scarpelli. Entretanto, ao término da partida, o técnico do
Figueirense se dirigiu ao trio de arbitragem e, segundo o próprio, perguntou o
motivo dos 12 minutos de acréscimos adicionados ao longo do jogo – sete na
primeira etapa e cinco na segunda. O treinador alvinegro garante que ao longo
de toda a sua carreira, não havia lidado com uma situação como essa.
(Confira os melhores momentos no vídeo abaixo)
- Futebol
só acaba quando o juiz termina. Nunca tinha visto 12 minutos de acréscimos,
sendo que não acabou a luz, não teve nenhuma lesão grave, o primeiro tempo teve
duas substituições por lesão. Ficar se jogando no chão é coisa do meu time, eu não
vou concordar que um jogador meu faça isso, nunca. O Mazola e o Thiago Heleno
sentiram, realmente, e aí ele dá no primeiro tempo sete minutos e no segundo
mais cinco. Depois do jogo eu fui com toda a educação perguntar para ele, só
isso – disse Argel.
Com o
empate em 2 a 2, o Figueirense tem que vencer o Botafogo ou então empatar por
mais de três gols para avançar na Copa do Brasil. O jogo de volta, novamente
contra o Bota, ainda não tem data marcada, mas será no estádio Nilton Santos,
no Rio de Janeiro. No próximo sábado, o Figueirense volta a campo, mas desta
vez pelo Brasileirão. Na Arena do Grêmio, às 21h, o Alvinegro catarinense
encara os donos da casa pela quarta rodada da competição nacional.
Em a íntegra da coletiva de Argel Fucks:
Análise do
jogo
- A equipe fez uma boa partida com todos os problemas que a gente tem e teve
durante a partida. Acho que a equipe se comportou bem. Fizemos um jogo
equilibrado, atacamos o adversário. Poderíamos ter deito o 2 a 0 ainda no primeiro
tempo, mas no segundo tempo voltamos pressionando e à frente. Claro que você perde
quando perde jogadores importantes como o Marquinhos , Thiago Heleno e Mazola. Os
garotos no meu entender foram bem, vão crescer e pegar experiência em um jogo desses.
O segundo
tempo
- Fizemos o 2 a 0, continuamos perigosos principalmente no contra-ataque, acabamos
tomando 2 a 1 em jogada de escanteio. Tivemos a bola do jogo para matar o 3 a 1
, poderíamos ter feito o 3 a 1. Acabamos não fazendo e uma falta aos 48 ou 49
minutos, e ai a gente acaba tomando o gol de empate. Não temos muito o que
lamentar não, a equipe fez uma boa partida, não vamos aqui justificar senão
vamos ficar falando meia hora dos jogadores que estão machucados. A eliminatória
está aberta, tem mais um jogo de 90 minutos lá e no ano passado ganhamos do Botafogo
lá e acredito que esse jogos será bem para frente e quem sabe a gente possa ir buscar
a classificação fora.
A dupla de
zaga titular fez muita falta?
- Acho que não. Veja bem, se a gente vai falar dessa forma, daqui a pouco você está
desmerecendo os outros. A gente tem uma confiança nessa garotada que está
entrando. Estávamos bem no jogo, estava bem controlado. Não vamos usar isso
como desculpa, só vamos constatar. O Marquinhos, Mazola, Juninho, Rafael Bastos,
França... então a Copa do Brasil serve para isso. Perdemos dois jogadores no primeiro
tempo por lesão e isso mexe na espinha dorsal da equipe. E tivemos a bola do
jogo para fazer o 3 a 1, foi um jogo aberto, não dá para fazer essa comparação.
O jogo de
volta
- O jogo é jogado, como acabou o primeiro tempo 2 a 2, vamos ao Rio de Janeiro
daqui a um mês e temos totais condições de buscar um resultado com outros
jogadores recuperado.
Excesso de
jogos?
- Uma equipe que joga 30 jogos, perdemos só quatro e continuamos invicto em
casa. Isso também dá confiança. Além disso, os nossos atacantes não faziam gol há um mês, o Clayton marcou e agora
acho que abriu a porteira, vai passar a confiança. O desgaste que você tem é normal. O problema
é quando você joga em uma intensidade como a gente costuma jogar. Uma equipe
que em 30 jogos só perde quatro, é sinal de que está bem no ano.
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