Terceira chance, terceira bola na
trave. Messi tem 24 títulos com a camisa do Barcelona, mas segue
buscando a primeira taça com a seleção principal da Argentina. Neste
sábado, a sina do craque ganhou um novo capítulo. O camisa 10 teve
atuação apagada na final da Copa América contra o Chile. Terminou o jogo
no Estádio Nacional de Santiago com uma finalização e apenas uma jogada
de destaque. Pior: alcançou o trivice-campeonato defendendo o seu
país.
Além da atual Copa América, Messi estava
também na final da competição em 2007 (derrota para o Brasil por 3 a 0).
Sem falar na decisão da Copa do Mundo de 2014, vencida pela Alemanha
por 1 a 0. No Estádio Nacional, um dos melhores jogadores do mundo
esteve longe de
repetir a atuação dos outros cinco jogos no torneio. Errou vários
passes, foi desarmado diversas vezes. Apareceu mais ao levar um chute de
Medel na barriga. Mesmo assim, esteve perto de decidir em seu único
lance de craque: arrancou no último minuto do tempo normal e deixou
Lavezzi quase na cara do gol. O atacante passou para Higuaín, que perdeu
a melhor chance dos hermanos. O título passou a centímetros da trave.
Antes
da Copa América, o técnico Gerardo Martino definiu Messi: ''Sei que ele
não está bem quando olha muito para baixo''. A cena foi o retrato do
atacante na decisão. No final do primeiro tempo da prorrogação, Alexis
Sanchéz perdeu ótima chance. O camisa 10 colocou as mão na cabeça. Viu a
derrota de perto, mas ainda era possível vencer. Faltou a conhecida
genialidade entrar em campo. Converteu seu pênalti com categoria e
sofreu ao ver os erros de Higuaín e Banega. A cavadinha de Sanchéz, seu
ex-companheiro de Barça, enterrou o sonho de vez.
Restou ao craque pegar sua medalha de prata - que logo tirou do peito - depois de ficar sentado com o semblante desolado no gramado e passar ao lado da taça sem sequer olhá-la. Campeão de tudo em seu
clube, campeão de nada com a seleção: a sina de Lionel Messi até
agora.