A estreia do Brasil, no domingo, pela Copa América pode ter um adversário a mais além do Peru. A poluição do ar deve ser um problema para os jogadores, segundo um comunicado divulgado pela Universidade de Santiago de Chile, algo que atingirá não só os brasileiros, mas também os peruanos e os torcedores presentes em Temuco. A sede foi apontada, junto com outras três - Santiago, Rancagua e Concepción - com um alto nível de toxinas no ar.
- É um sério perigo para a saúde dos atletas e dos torcedores. Deve-se considerar que cada seleção chega com vários dias de antecedência. Então, durante ao menos uma semana, estarão treinando com altos níveis de contaminação e chegarão com os pulmões complicados em seus compromissos oficiais - afirma Luis Díaz Robles, engenheiro ambiental que assina o comunicado.
Local da estreia do Brasil, estádio Germán Becker, em Temuco, está na lista da Universidade de Santiago (Foto: AP)Na primeira fase, o Brasil jogará em Temuco e duas vezes em Santiago. A capital chilena é conhecida como uma das que têm os maiores índices de poluição de toda a América Latina. É comum que o governo local suspenda atividades ao ar livre quando há emergências ambientais na cidade. Porém, isso não vai se aplicar à Copa América. O engenheiro ambiental da universidade chilena explica que não há como suspender a competição, mas sim que é preciso uma campanha com medidas que evitem o aumento da poluição durante este período.
- O risco de um problema respiratório provoca perda da capacidade aeróbica. Então, no caso dos jogadores, obviamente vai provocar uma menor eficiência nas partidas - afirmou Robles, que excluiu as outras quatro sedes (La Serena, Antofagasta, Viña Del Mar e Valparaíso) como problemáticas para a saúde.
Chile enfrentou El Salvador em amistoso, na última sexta-feira, em Rancagua, outra cidade "condenada" (Foto: AP)