• Agência EFE
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Muricio Macri, novo presidente da Argentina, durante a cerimônia de posse ao lado de sua esposa Juliana Awada e filha Antonia (Foto: EFE/Nicolas Aguilera)

Muricio Macri, novo presidente da Argentina, durante a cerimônia de posse ao lado de sua esposa Juliana Awada e filha Antonia (Foto: EFE/Nicolas Aguilera)

O líder da frente conservadora Mudemos, Mauricio Macri, tomou posse nesta quinta-feira (10) como novo presidente da Argentina. Em seu primeiro discurso, Macri fez um pedido de unidade nacional após o jurar o cargo, no qual afirmou que seus principais objetivos serão "a pobreza zero, derrotar o tráfico de drogas e unir todos os argentinos".

Durante a cerimônia de posse, no Congresso argentino, Macri disse se sentir "mais otimista do que nunca" em relação a um futuro que requer "trabalho em equipe".

O mandato de Macri será um "tempo de construção com mais justiça social" e "unido na diversidade" para que o "projeto comum" esteja acima das divergências, acrescentou.

"Queremos a contribuição de todos, do povo que se sente de esquerda e de direita, dos peronistas e antiperonistas, dos jovens que se sentem na idade da transgressão" e dos mais experientes, declarou.

O novo presidente disse que as prioridades de seu governo serão combate à pobreza, ao narcotráfico e unir a Argentina. "É um desafio, depois de anos de prepotência e enfrentamento inútil. Todos temos que crescer. Quem votou em nós quer três coisas: pobreza zero, derrotar o narcotráfico e união de todos. Vamos universalizar a proteção social para que nenhuma criança fique desprotegida", disse, ressaltando que adotará políticas para geração de emprego. 

Macri disse também que irá governar sem " o personalismo dos que atropelam as instituições por motivos pessoais". Segundo ele, sua gestão será transparente. Durante o governo passado, oposicionistas e formadores de opinião acusavam a gestão de Cristina Kirchner de omitir dados estatísticos da economia, como a taxa de inflação. 

O novo presidente também defendeu a Justiça independente na Argentina. “No nosso governo, não haverá juízes macristas, não pode haver juízes militantes de algum partido político, não são bem-vindos no meu governo”, disse o novo presidente. Ele também quer um Poder Judiciário mais rápido. "Justiça tardia não é justiça”. 

Mauricio Macri jurou o cargo perante o Congresso como novo presidente da Argentina, para um mandato de quatro anos. "Eu, Mauricio Macri, juro por Deus, nosso Senhor e os Santos Evangelhos, desempenhar com lealdade e honestidade o cargo de presidente da nação, e observar e fazer observar com fidelidade a Constituição da Nação argentina. Se eu não o fizer, que Deus e a pátria me processem", disse Macri. 

Prefeito da capital Buenos Aires durante oito anos, Macri jurou o cargo perante a Assembleia Legislativa, reunião das duas Câmaras do Congresso, como estabelece a Constituição. Antes dele, passou pelo mesmo processo a vice-presidente Gabriela Michetti. Macri, de 56 anos, chegou ao Congresso acompanhado pela terceira esposa, Juliana Awada, e pela filha de ambos, Antonia, de 4 anos. 

O novo presidente sucede Cristina Kirchner, que ocupou a Presidência argentina durante oito anos. Macri foi eleito no segundo turno das eleições, em 22 de novembro, com 51,42% dos votos, contra 48,60% de Daniel Scioli, o candidato apoiado pelo governo. Ele prometeu combater a corrupção. “Esse governo vai combater a corrupção. Vou ser implacável com os corruptos. Não importa o partido”. 

Estão presentes na posse os presidentes da Colômbia, da Bolívia, do Uruguai, do Paraguai e do Chile. A presidenta Dilma Rousseff não chegou a tempo da posse, porque a cerimônia foi antecipada. Está previsto um encontro de Dilma com Macri na Casa Rosada.