(Foto: Alexandre Arruda/CBV))
A derrota do Brasil para o Japão, no primeiro dos quatro amistosos que as seleções farão nos próximos dias, foi encarada com normalidade pelo técnico Zé Roberto Guimarães. As ausências de ritmo e entrosamento da equipe, em sua estreia na temporada, diante das atuais vice-campeãs do Torneio de Montreaux, pesaram. Na visão do treinador, o objetivo momentâneo é dar padrão de jogo ao time e, posteriormente, a conquista do resultado. Ele deve repetir a espinha dorsal do encontro inicial no segundo amistoso. A partida acontece no Ginásio do Taquaral, em Campinas, às 19h (horário de Brasília).
- Sabíamos que contra o Japão, por causa da velocidade, da
defesa e da velocidade da transição do jogo, teríamos dificuldades. É
o time que melhor faz isso no mundo. Foi importante por causa desse ritmo e
para começar a se adaptar. É terrível, sempre
foi, jogar contra o Japão. Por enquanto, não interessa o resultado, mas
sim como elas absorvem jogar contra um adversário que está sendo
treinado para disputar um qualifying para as Olimpíadas. A importância desses amistosos é buscar ritmo. Em Campinas, vamos tentar dar uma padronização pro time. Depois, no terceiro jogo, a mesma coisa. No quarto jogo, um time completamente diferente com essas jogadoras que chegaram no dia 1º - afirmou José Roberto Guimarães.
Enquanto as medalhistas de bronze do último Mundial (Jaque, Fernada Garay, Adenízia, Natália, Gabi e Carol) seguem fora, Zé Roberto deverá manter o esboço do sexteto de quarta-feira, com Dani Lins, Monique, Suelle, Ellen, Bárbara, Mara e Camila Brait (líbero).
- É mais ou menos isso. Só temos que ver, pois temos jogadoras que não conhecemos jogando ao lado de outras. É importante saber como elas se sentem. Na realidade, nós queríamos testar todas as
nossas jogadoras. Foi o nosso primeiro amistoso e não tínhamos
montado nos treinamentos um time base. A partir daqui, começamos a
montar o time por quem está melhor nesse momento - explicou.
(Foto: Alexandre Arruda/CBV)
As parciais de 25/23 e 28/26 nos dois primeiros sets
mereceram elogios do comandante. Para um início de trabalho, chegar tão
próximo de um rival em estágio mais avançado de preparação foi
diagnosticado como algo positivo. Porém, a relação bloqueio/defesa e,
especialmente, o saque foram bastante criticados.
- Acho que a gente precisa trabalhar o
sistema defensivo. Ficou nítido isso na relação bloqueio/defesa. Em
momento algum, nós bloqueamos o Japão com um triplo, porque não estamos
nessa fase do nosso treinamento. Isso precisa ser em um outro momento.
Uma coisa que eu não gostei foi o saque, pode ser melhor do que foi.
Fomos pouco agressivos e, consequentemente, o Japão jogou os dois
primeiros sets com o passe muito na mão e imprimiu a velocidade que
quis. Acabamos sofrendo - analisou o tricampeão olímpico, que destacou a evolução dos quesitos no fim do amistoso.
Os quatro amistosos contra as asiáticas fazem parte da preparação da equipe para as disputas do Grand Prix e dos Jogos
Pan-Americanos de Toronto. O "Desafio Brasil x Japão" faz parte das comemorações
dos 120 anos de
amizade entre brasileiros e japoneses. Os confrontos também marcarão a
reedição da
partida que decidiu a última edição do Grand Prix. Na ocasião, as
brasileiras levaram a melhor por 3 sets a 0 e ficaram com o décimo
título da competição.