O suposto uso de laser por parte dos torcedores pode acabar
complicando o Paysandu na Série B do Brasileiro. Pelo segundo jogo seguido um
árbitro cita a atitude vinda das arquibancadas do Estádio Mangueirão. A
situação já havia ocorrido no confronto diante do Vitória e, na partida da
última terça-feira, contra o Atlético Goianiense, o goleiro Márcio reclamou que o
laser estaria atrapalhando sua visão antes da cobrança de pênalti do lateral direito Yago
Pikachu.
O paulista Vinicius Furlan chegou a paralisar o jogo aos 10
minutos do segundo tempo e comunicou a situação para o quarto árbitro, o
paraense Wasley do Couto, que repassou o fato para a Polícia Militar. Furlan
citou a paralisação na súmula da partida. Porém, de acordo com Alexandre Pires,
diretor jurídico do Paysandu, as imagens do embate obtidas pelo clube não
mostram o uso do laser contra o jogador goiano.
- Recebi da nossa assessoria a informação de que a TV
demonstra que não houve direcionamento de laser no goleiro. Então, posso
afirmar que isso não passou de uma denúncia infundada do goleiro para
paralisar o lance do pênalti.
Alexandre Pires ainda contou à reportagem do
GloboEsporte.com que o Papão está preparado para possíveis denúncias sobre esse
tipo de acontecimento junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O
bicolor responderia no Art. 213 do CBJD, que trata de “Deixar de tomar
providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de
desporto”. A pena é de multa de R$ 100 a R$ 100 mil e perda de mando de campo
de uma a 10 partidas.
- No jogo passado (contra o Vitória), além de não paralisar
o jogo, o árbitro sequer citou o momento em que isso ocorreu. O embasamento
será esse: falta de provas na súmula e nas imagens em ambos os jogos –
completou o diretor Alviceleste.