México e Bolívia não deram exatamente um belo cartão de
visitas aos torcedores, na estreia das equipes na Copa América, nesta
sexta-feira, em Viña del Mar. Em um jogo carente de emoção e bom futebol,
faltou o gol, e as seleções abriram as suas participações no Grupo A com um empate em
0 a 0. A La Verde criou as melhores chances da primeira etapa, mas os Astecas
cresceram na etapa final e têm mais o que lamentar pelo que demonstraram em
campo.
A situação no Grupo A fica a seguinte: o Chile, que estreou
com vitória sobre o Equador, lidera com três pontos. Bolívia e México têm um
ponto cada. Agora, as quatro equipes voltam a jogar na segunda-feira. Os
anfitriões recebem os mexicanos em Santiago, e equatorianos e bolivianos se
enfrentam em Valparaíso.
Bolívia sem vitórias desde 1997
As duas equipes tiveram as piores campanhas na última
América. Em 2011, na Argentina, o México sequer somou um ponto. Já a Bolívia,
ao menos, arrancou um empate contra a seleção anfitriã, apesar de ter caído na
primeira fase. A La Verde, aliás, não vence uma partida pela competição desde
1997, quando jogou em casa e foi até a final, perdendo para o Brasil.
Com espaços vazios na arquibancada, a partida reuniu 14.987 torcedores
em Viña del Mar. Ao menos, o clima ficou parecido com o de uma Copa do Mundo, com
representantes das duas seleções bastante caracterizados.
A partida reuniu alguns velhos conhecidos da torcida
brasileira. O México economizou boa parte da sua força para a disputa da Copa
Ouro, mas foi ao Chile com nomes como o zagueiro Rafa Márquez, ex-Barcelona, e
o técnico Miguel Herrera, que tomou uma bronca do juiz após reclamar de um
pênalti não marcado. A Bolívia teve o atacante Marcelo Moreno, ex-Vitória,
Cruzeiro, Grêmio e Flamengo.
México cresce na etapa final
O México teve a bola durante o primeiro tempo todo, mas quem
criou as melhores chances foi a Bolívia. Primeiro, aos 13, Pedriel colocou a
bola na trave. Quase na saída pra o intervalo, Jhasmani Campos também deu
trabalho para Corona em uma bomba de fora da área.
Na etapa final, a Bolívia ainda chegou bem em uma
finalização com Marcelo Moreno, mas foi só. De resto, apenas domínio do México,
que criou as principais chances. Na melhor delas, Jiménez recebeu cruzamento de
Jesús Corona e, com o goleiro Romel Quiñonez batido, mandou de cabeça para
fora. Mas foi só.