Da tensão que era a partida, a corda pendeu para o lado do
Joinville. O Flamengo, com uma pressão forte por resultados, conseguiu deixar a
Arena Joinville com um triunfo. O JEC penou e sofreu a oitava derrota em 10 jogos
no Brasileirão, perdeu de 1 a 0. Um jogo, conforma a análise de
Adilson Batista, com uma equipe com atuação contrastante entre um tempo e
outro de jogo. A mistura é o sentimento que tem. (Confira os melhores momentos no vídeo acima)
Para ele, o Joinville carece de paciência. No entanto, o
momento também é de preocupação.
- Fizemos um bom jogo contra o líder (Sport), fomos bem
contra o vice (Atlético-MG), jogamos bem contra o Goiás também (a única
vitória). No segundo tempo, não fomos incisivos. Pensei em utilizar o Marion,
que entrou e depois saiu no BID na terça. Temos o (volante) Fabrício que está em condicionamento (estreou
nesta quarta). Temos que ter paciência, embora o momento seja de preocupação,
porque temos que reagir o mais rápido o possível para não ficar para trás.
Estamos pagando pelos nossos erros, foi assim contra o Atlético-MG (rodada
anterior) e hoje de novo. Mesmo abaixo, tivemos chances, e depois do gol o adversário
se fechou, nos obrigou ao chutão, fizemos ligação direta. Não é só dos
zagueiros, tem que ler o jogo. Os meias têm que dar mais opção. Foi muito mal
no primeiro tempo e faltou o algo mais no segundo – disse o treinador, na
entrevista coletiva após a partida.
O Joinville se reapresenta na tarde desta quinta-feira, no CT
Morro do Meio. A equipe começa a preparação ao confronto seguinte, quando
encara o Coritiba, fora de casa, no sábado, às 15h.
A seguir os principais pontos da entrevista do treinador:
Avaliação
- Acho que atuação foi muito ruim, mas tem que analisar o contexto
da atuação. Jogamos com a linha de quatro do jogo contra o Atlético-MG, só com
a bola do Diego (lateral-esquerdo), normal, ficou o Dankler porque tinha quatro
jogadores de frente. Não foi esse nosso problema. No meio tivemos o Danrlei e o
Naldo, aí neste jogo voltou o Anselmo, nada estranho. Adiantei o Mario Sérgio
(lateral de origem, jogando no meio) para jogar em cima do menino deles
(Jorge), porque tem bom enfrentamento, chega de surpresa, podia marcar pressão
no menino. Mas a bola não chegou, tivemos dificuldades, não teve um contra um,
erramos muitos passes, o meio não construiu. Depois do segundo tempo, com as
trocas, não foi para corrigir, mas para trazer o Popp para o meio para ter mais qualidade
no meio de campo. A gente teve 60% de bola e não adianta se a gente não for incisivo.
Tem que analisar as coisas direito. Tivemos a bola do jogo no começo do primeiro
tempo. O Agenor foi tranquilo e em uma falha nossa eles fizeram e se fecharam.
No segundo tempo não fomos incisivos, não fizemos jogadas individuais. Aí teve cansaço,
a preocupação de jogadores. O primeiro tempo foi horroroso, tenho minha
parcela. Os volantes têm que distribuir, erramos no setor. Lamento pela
situação, pelo adversário em que a gente poderia encostar. Depois do primeiro
tempo, a gente poderia ter sorte melhor, mas fomos bem abaixo. No segundo tempo
foi melhor, mas não foi incisivo.
Ataque não funciona
- O Kempes não estava isolado, botei o Popp para ajudar a
dar pressão na frente. Quantas rebatidas os zagueiros do Flamengo fizeram? Eles
também fizeram isso. Foi pedido para apertar, por isso o Mario jogou mais na
frente. Faltou duelos individuais, isso precisa no futebol. Nosso primeiro
tempo é pra não se fazer mais. O Lucas (Crispim) criou. O Marion (ausente) tem jogadas de
enfrentamento, tem o Trípodi para entrar. O jogadores que vão entrar têm essas
jogadas. Sei o setor que jogou mal, não foi o Mario (Sérgio). Tentei corrigir e
acho que melhorou.
Estreia do volante Fabrício
- Com a proposta deles de contra-ataque, o Anselmo ficou sobrecarregado,
e o Popp estava correndo com a bola. O Fabrício entrou no meio dois para
controlar o jogo, para o Crispim jogar de um lado e o Popp do lado direito. Mas
erramos passes, cruzamentos, não arriscamos, falou chute de fora.
Goleiro Agenor bem
- Não tem dificuldade, eu avalio, conheço. Sei porque
substituí o Oliveira depois do primeiro jogo. Contra o Corinthians (estreia
dele no comando) fizemos ligações diretas, chamei a atenção e por isso mudei. Não
tinha necessidade de repor a bola alta. O Agenor repôs ela baixa, quebrou no
lugar certo. Não tenho dificuldade, a opção é pelo que é melhor no momento. A
sequência dá tranquilidade, mas se rebate e ocorre o gol, que não ocorreu, a
bola entra, seria outra análise sobre ele.
Time ideal como o que terminou o jogo
- Problema do primeiro tempo não foi a troca e a mudança. Se
prestar atenção desde que cheguei, ver os jogos, se tem uma ideia do que a
gente quer. Não tinha como entrar com o Fabricio. Entre Naldo e Danrlei, a
característica é a mesma, de mais marcação, mas isso sobrecarrega determinados
setores. Três semanas para conhecer todo mundo é pouco. E tem sequência de
jogos, a pressão, a dificuldades, alguns sentem mais, é normal, não foge do que
estamos acompanhando. É o atleta que tem que dar resposta dentro de campo, e
não é porque é mais jovem, mais experiente, se é mais técnica, se não é. Se não
anda aqui, prejudica ali.
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