• Por Amanda Cruz
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Aprenda a tornar a sua ausência mais tranquila para o seu pet  (Foto: Thinkstock)

Aprenda a tornar a sua ausência mais tranquila para o seu pet (Foto: Thinkstock)

Ir ao mercado, trabalhar, ir à academia... nosso dia é ocupado por diversas tarefas que nos fazem ficar fora de casa por diversas horas. Durante esse período, será que o seu cachorro sente sua falta? Conversamos com a adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão, Malu Araújo, para entender como os cães reagem ante a ausência dos donos.

“Essa falta, que chamamos de ansiedade de separação, é uma questão de cada cachorro, independentemente de raça. Entretanto, a maioria dos cães, ao ficarem muito tempo sozinhos, tendem a desenvolver um determinado tipo de comportamento, já que estão acostumados a viver em grupo”, conta Malu. A falta do dono pode se manifestar de diversas formas, como em móveis roídos, peças derrubadas e até tristeza e apatia.

Para evitar tudo isso, é preciso dedicação desde o primeiro dia do filhote em casa. Geralmente as pessoas trazem o novo integrante da família para o lar enquanto estão de férias ou aos finais de semana, quando ficarão presentes por bastante tempo. É sempre uma alegria, todo mundo brinca com o animal, mas quando a rotina volta ao normal, ele sente, sim, a mudança e tem dificuldade para entendê-la. Por isso, é importante acostumá-lo desde o começo a ficar sozinho por alguns períodos. Comece por meia hora, depois duas horas e assim progressivamente.

Algumas pessoas dizem que para os cães a quantidade de horas que o dono ficou fora. não faz diferença. Isso não é verdade. “Não há um limite para a ausência, mas a ideia é que o filhote se adapte à sua rotina, sempre com suas próprias necessidades supridas. Vale até contratar um passeador ou deixá-lo em uma creche para animais”, recomenda Malu. O importante é usar o bom senso!

Dicas para o seu cachorro não sofrer na sua ausência:


* Incentive-o a amar o cantinho dele, onde quer que seja. Muitos donos deixam seus pets na área de serviço, por exemplo, mas o cão não consegue associar esse espaço a um lugar bacana. Isso porque esse não é um lugar de convívio que ele curta e onde brinque normalmente. Por isso, é preciso criar um clima divertido. Brinque bastante com seu cão nesse local, para que ele o associe a uma experiência positiva.

Ao chegar em casa, faça o mínimo de festa possível. Não transforme o seu retorno em algo tão valorizado. O cachorro precisa entender isso como um evento normal e sem necessidade de tanta excitação.

Proporcione experiências bacanas para o cão enquanto estiver fora. A grande sacada atualmente são os brinquedos que soltam ração conforme a interação do animal. Malu dá a dica: pegue uma garrafa pet, retire o rótulo, faça alguns furos e coloque a ração dentro. Essa brincadeira vai tornar o dia do seu cãozinho mais divertido enquanto ele se alimenta. Abuse dos brinquedos!

O que também pode ajudar é incluir um outro cachorro na família. Mas, calma, esta opção requer bastante ponderação para não criar problemas em dobro. Apesar de funcionar na maioria dos casos, alguns cachorros não são sociáveis ou não se adaptam a novos cães no lar. É o caso de um pet idoso, com um comportamento mais quieto, que pode não ter paciência para se adequar a um filhote cheio de energia.