A disputa entre Santos e Leandro Damião na Justiça
continua. A audiência realizada na manhã desta segunda-feira, na 4ª Vara
do Trabalho de Santos, terminou sem uma decisão do juiz
Persio Luis Teixeira de Carvalho. Um novo julgamento entre o clube e o
jogador será realizado no dia 29 de maio.
A primeira audiência do caso durou cerca de 15
minutos e não teve a presença de jornalistas. O Peixe, que não tem
interesse em perder Damião, propôs um acordo, mas o centroavante,
pelo menos por enquanto, não aceitou. Por isso, o juiz responsável pelo
caso optou por adiar a resolução para o fim de maio.
Atualmente no Cruzeiro, o atleta compareceu ao
Tribunal acompanhado de seus advogados e de seu empresário, Vinicius
Prates. Ele deixou a 4ª Vara do Trabalho de Santos sem dar entrevistas.
Enquanto não houver decisão da Justiça, o contrato de Leandro Damião
com o Peixe, que tem mais quatro anos de duração, segue válido.
– Nada foi resolvido nesta segunda-feira. O
atleta ainda pertence ao quadro do Santos e, se Deus quiser, ainda vai
pertencer por muito tempo. O Santos juntou a defesa e o
juiz marcou a audiência de julgamento. Hoje era de instrução. Não foi
possível fazer acordo, pois os advogados do atleta, por enquanto, não aceitaram – explicou José Ricardo Tremura, advogado do Santos.
O centroavante foi emprestado ao time de Minas
Gerais no início desta temporada. Logo depois, ingressou uma ação contra
o Alvinegro alegando que não recebeu os salários de outubro a dezembro de 2014. A expectativa dos advogados de Damião é positiva: eles
acreditam que conseguirão romper o vínculo com os santistas.
O julgamento marcado para o dia 29 de maio também
pode, porém, não ser decisiva, já que tanto o clube como o jogador
poderão contestar a decisão do juiz.
Caso a Justiça acolha os argumentos do atacante e o
vínculo seja rompido, a dívida do Alvinegro com a Doyen Sports, empresa
que financiou os 13 milhões de euros (cerca de R$ 42
milhões) para o clube comprá-lo, permanecerá. O Santos calcula um
investimento total de R$ 88 milhões, somados o montante para sua
contratação, salários por cinco anos e encargos. Se perder o jogador,
o Peixe não poderá recuperar esses valores em uma possível venda futura.
* Bruno Giufrida colaborou sob supervisão de Alexandre Lopes