Edição do dia 04/08/2015

05/08/2015 01h41 - Atualizado em 05/08/2015 01h42

Restaurantes adotam o modelo do “fast casual” para baratear os custos

Com cardápio simples e equipe enxuta, comida boa é entregue facilmente.
Em São Paulo, o modelo de fast food com requinte está fazendo sucesso.

Natália AriedeSão Paulo, SP

Para enfrentar os tempos difíceis, os restaurantes e lanchonetes de São Paulo estão  simplificando os serviços para baratear os custos e manter a clientela. O cliente faz o pedido no caixa, pega uma senha e, em cinco minutos, retira no balcão.

Fast-food de comida japonesa. Não tem garçom para servir nem pra recolher prato. Até porque não tem prato: tudo é descartável.

Até um mês atrás funcionava no mesmo local um bar japonês dos mesmos donos. Só que aí abriu uma estação de metrô perto e eles perceberam outro público na região. Gente interessada em comida rápida e de preferência em comida barata. E aí o que eles mais vendem agora é o prato que vem na caixinha. É o bentô, uma marmita japonesa.

"A gente aumentou a cozinha, para ter tudo pre perparado a gente enxugou o cardápio e a gente optou por todos as preparações fosse rapidas de fazer nada muito complexo", conta Ana Kanamura, dona do restaurante.

Tem um termo para chamar esse tipo de restaurante: "fast-casual". "É um segmento que vem crescendo bastante com o ticket médio, um pouco mais baixo que do que o restaurante gastronômico e com uma experiência gastronômica um pouco mais cuidada do que um restaurante de fast food", explica o consultor Eduardo Scott.

E outra lanchonete, toda moderninha, no metro quadrado mais caro de São Paulo, a Vila Nova Conceição. Sem olhar o cardápio você diria que é cara ou barata? Agora, como é que faz isso sem perder a qualidade? Considere que a matéria-prima são justamente os alimentos mais inflacionados do momento. Cardápio compacto. Uma página, nove lanches.

Entre uma fatia e outra de pão, não tem frescura. É hamburgão tradicional. Lanche na chapa, da chapa para mesa e no saquinho de papel mesmo. Assim, não tem louça para lavar. A equipe é pequena e a meta é servir o cliente em sete minutos.

"A gente trabalha muito em cima do giro. É maior giro de pessoas rodando para conseguir baixar o preço do produto", afirma Ricardo Fantini, dono do restaurante.

José Elias, um empresário veio do interior de Minas Gerais e pretende levar o modelo para lá. "Um fast food chique", diz ele.

 

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