A falta de recursos compromete o ensino, os serviços prestados pelas faculdades e tem aluno abandonando o curso no exterior. E o estudante ainda tem que usar o ‘jeitinho brasileiro’ para resolver o problema. Tem jeitinho que resolve isso: jeitinho na urna.
A gente vê isso e pensa na palavra-de-ordem ‘Pátria Educadora’ e conclui que se não é ironia, é apenas uma marca de fantasia, embora a palavra pátria seja muito forte para se prestar para essas coisas. Nos Estados Unidos, bolsistas que acreditaram em um programa do governo brasileiro são deixados sem ter como se sustentar.
É muito animador notar que as novas gerações se sentem ofendidas quando um estrangeiro sugere o ‘jeitinho brasileiro’, que tanto orgulhava as gerações anteriores. Se constata que houve um progresso: jeitinho hoje envergonha. Embora, certamente, os americanos apenas teriam sido engraçadinhos, talvez querendo agradar.
Mas por falar em jeitinho, é uma boa solução da Universidade do Rio de Janeiro: estudantes e professores fazerem mutirões para tirar o lixo do caminho. Não se fala tanto em ‘responsabilidade social’? Isso, claro, sem dispensar de seus deveres o verdadeiro responsável pelo funcionamento da universidade, que é o governo do Rio.
Mas tudo isso é muito simbólico, ensino misturado com lixo e com compromissos não cumpridos. Pátria, amada, salve, salve. Só se salva com educação como a mais absoluta das prioridades, mas não é o que se vê. Sem educação, a pátria e suas urnas e seu futuro, continuarão capengando.