O uso do celular durante o período de trabalho é responsável por diversas demissões nos dias de hoje, dizem empresários. Em Itapetininga (SP), um lojista chegou a proibir o aparelho para evitar que os funcionários se distraíssem. Os sete vendedores, todos com menos de 27 anos, agora são obrigados a deixar o smartphone no depósito, conta a gerente Flávia Roberta do Amaral. “Era um problema, eles ficavam muito tempo no celular e esqueciam-se do atendimento na loja. Aí ficou proibido.”
Depois da proibição, até as prateleiras ficaram mais organizadas, diz a gerente. Ao contrário do esperado, os funcionários aprovaram a iniciativa. O vendedor Leonardo Castro confessa que no começo foi difícil, mas agora já acostumou. ”No começo foi ruim, pensar que alguém poderia estar mandando mensagens, mas já estou mais acostumado, desencanei bastante”, diz.
Competência e comprometimento são qualidades que o empresário busca quando contrata funcionários, orienta a especialista em Recursos Humanos (RH) Maria Carolina Guerino. Pontualidade já é um bom começo para quem quer agradar o chefe, diz ela. “O empresário vem para nós e pede alguém que traga resultado para empresa. Alguém que chegue no horário, que faça as coisas acontecerem, que seja comprometido, flexível e que tenha bom humor, porque não dá para trabalhar com gente mal humorada”, brinca.
O empresário Maradei Almeida é dono de uma loja de decorações. Segundo ele, já perdeu alguns funcionários pelo que considera mal comportamento. Ele fala que a estabilidade na empresa dele depende, principalmente, da iniciativa do colaborador. “A partir do momento em que está focado no trabalho, o foco deve ser o resultado. Até porque a empresa necessita dessa postura”, reflete.
Leonardo Castro aprovou proibição do celular no trabalho (Foto: Reprodução/ TV TEM)
