Edição do dia 26/05/2015

26/05/2015 08h06 - Atualizado em 26/05/2015 10h05

Roubo a cargas cresce 9% em São Paulo, indica secretaria de segurança

Na capital, aumento foi ainda maior: 17%. Roubos a agências bancárias subiu 10% no estado e quase 30% na capital paulista.

Saíram os novos números da violência em São Paulo. O levantamento da secretaria de Segurança Pública do estado mostrou que roubo de cargas foi o que mais cresceu. O Bom Dia Brasil tem mostrado roubos impressionantes, na maioria muito violentos. Esse de tipo assalto cresceu não só na capital de São Paulo, mas no estado como um todo.

Aumentou 9% no estado e quase o dobro na capital. As cargas de alimentos e as de produtos eletrônicos são as mais visadas pelos bandidos. Quem precisa trabalhar na estrada não tem sossego.

Rodar com carga por São Paulo não é das tarefas mais seguras. No posto de parada, os caminhoneiros sempre têm histórias para contar. “Aí chegou um motoqueiro e um carro atrás. Aí mandou eu encostar, eu não mostrei reação nenhuma de tentar reagir. Eu parei e ele perguntou o que eu estava levando”, conta o caminhoneiro Cleinton de Souza.

Nos primeiros quatro meses do ano, aumentou o número de roubo de cargas no estado. Foram 3.133 casos, 9% a mais do que no mesmo período de 2014. Na capital, subiu ainda mais: 17%.

De cada 100 roubos de carga no estado, 20 são registrados nas rodovias e 80 nas ruas e avenidas das cidades. O levantamento é da Federação das Empresas de Transporte e Carga de São Paulo. O crime é o mesmo, mas para a federação, o combate precisa ser diferente.

“É uma grande quantidade de veículos de menor porte, com cargas de menor valor e menor quantidade que, diariamente, circulam nos grandes centros. Isso é alvo então dos chamados crimes de oportunidade. O que que inibe esse marginal não organizado, esses pequenos grupos? A presença policial. Já os roubos em rodovias é outro tratamento, é crime organizado, é investigação policial. A resposta que nos tem sido dada pelas autoridades, ela é insuficiente”, afirma o assessor de segurança da Fetcesp, Paulo Roberto de Souza.

Os roubos a agências bancárias também subiram tanto no estado, 10%, quanto na capital, quase 30%. Mas o roubo de veículos caiu. De janeiro a abril, a queda foi de 24% no estado e 27% na capital paulista. Os roubos, em geral, também caíram 4% no estado e na capital.

Os celulares continuam sendo grandes alvos dos criminosos, mesmo com as medidas adotadas para diminuir esse tipo de roubo. Desde fevereiro, a secretaria de Segurança facilita o bloqueio de aparelhos roubados. A própria polícia pede à operadora, quando a vítima registra a ocorrência.

Mas isso não inibiu o comércio clandestino. A diferença é que agora o roubo alimenta o desmanche de celulares. Na internet é fácil encontrar anúncios. Um celular custa R$ 300. Em conversas por telefone os vendedores confirmam o que está na rede.

Vendedor: Você viu no anúncio, ele está bloqueado?
Produtor: Mas esse aparelho não era seu, então?
Vendedor: Não, esse aparelho foi achado entendeu?

E ainda orientam:

Vendedor: Para peça dá. Está funcionando tela, tudo normalmente. Só não consegue acessar o aparelho.

Uma outra página, em uma rede social, é de um grupo de troca, venda, rolo. O celular bloqueado sai R$ 400. O interessado pergunta qual é o B.O do aparelho e quem está vendendo diz que é mão lisa, ou seja é roubado mesmo.

O secretário da Segurança Pública do estado disse que é difícil combater esse tipo de crime e afirmou que alguns aparelhos ainda são desbloqueados. “Nós vamos começar agora um combate muito duro às lojas que têm aparelhos de desbloqueador de celular. A partir daí nós já vamos poder ter uma ideia desse comércio clandestino que já existe e é combatido se aumentou ou não. Mas não há por hora nada que chame a atenção”, afirma o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes.

Quanto ao roubo de cargas, a secretaria de Segurança Pública disse que desde o começo do ano prendeu 31 pessoas e recuperou R$ 24 milhões em mercadoria roubada.

 

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