O abraço eufórico ao fim do jogo refletiu a felicidade das
jogadoras do Osasco. A cena, que é até comum em vitórias, teve um tom especial
no sábado. Foi o fim de um jejum de pouco mais de um ano diante do rival Sesi-SP,
justamente na abertura da série semifinal da Superliga de vôlei. O triunfo fora
de casa no clássico paulista foi comemorado pela equipe, apesar de o alerta
contra uma virada do rival no confronto conter a empolgação.
- Todo jogo é importante, mas quando chega à fase final,
acho que aquela gana de ganhar vem de dentro. Nosso time está de parabéns -
disse a líbero Camila Brait, eleita a melhor jogadora da partida.
- O conjunto está de parabéns. Sacamos bem, e isso facilitou
um pouco o meu trabalho e o da Thaísa para bloquear. Sabemos que não podemos
relaxar. Elas têm um time muito bom, muito equilibrado. Não pode vacilar. Isso
é uma semifinal e vai ser resolvida em detalhes. Não tem nada ganho - completou
a central Adenízia, que anotou nove dos 27 bloqueios do Osasco no jogo, um
ponto de desequilíbrio.
Foram muitos anos de domínio do Osasco no cenário paulista,
rivalizando com o Rio de Janeiro pelo posto de melhor time do Brasil. Desde a
última temporada, porém, o Sesi equilibrou o clássico paulista, despachou o
rival nas semifinais da Superliga 2013/14 e desde então não perdia o clássico.
Foram seis vitórias seguidas das paulistanas. O último triunfo do Osasco havia sido no dia 17 de fevereiro de 2014 - um 3 a 1 pelo segundo turno da Superliga. Por isso, mesmo com o fim da
sequência de derrotas, o Osasco mantém a cautela para não ser surpreendido no
segundo jogo da série, na sexta-feira, às 22h, no ginásio José Liberatti, com
transmissão ao vivo do SporTV.
- O Sesi tem montado uma equipe muito competitiva, muito
habilidosa, foram melhores no ano passado e nos outros jogos dessa temporada.
Os dois times são grandes e experientes. É detalhe. Vamos jogar em casa, mas
não vai ter refresco - disse Adenízia.
- Temos de respeitar o Sesi, é uma ótima equipe, que vem
surpreendendo na temporada, com muitas jogadoras habilidosas. Não pode ter
muita euforia. Vai ser um jogo mais difícil, porque elas vão estudar o que
fizemos durante o jogo, e vice-versa. Independentemente se ganhamos ou perdemos
do Sesi várias vezes, temos que entrar em uma semifinal encarando como uma
final. Cada jogo é um leão para matar. Concentração total - completou a
levantadora Dani Lins.
Apesar do retrospecto recente ainda pesar a favor do Sesi, o
Osasco leva vantagem no histórico do clássico paulista. Em 23 duelos, tem 15
vitórias.
a série
Jogo 1: Sesi-SP 2 x 3Osasco, no ginásio da Vila Leopoldina, em São Paulo
Jogo 2: 10/04, 22h - Osasco x Sesi-SP, no ginásio José Liberatti, em Osasco (SporTV)
Jogo 3: 14/04, 19h - Sesi-SP x Osasco, no ginásio da Vila Leopoldina em São Paulo (SporTV) - se necessário