Dos males o menor.
Mandante na primeira partida das semifinais do Campeonato Mineiro, o
Atlético-MG esperava reverter a vantagem do rival Cruzeiro, jogando
diante sua torcida, na tarde deste domingo. Entretanto, o empate por 1 a 1 deixou a equipe celeste a um empate da
vaga. Apesar de o resultado não ter sido favorável, o técnico Levir Culpi enalteceu a atuação da equipe. O comandante
alvinegro reclamou da arbitragem do paulista Raphael Claus, mas preferiu
destacar o empenho da equipe, que atuou grande
parte do segundo tempo com um jogador a menos, após a expulsão de Leonardo Silva.
- Achei que o time
jogou legal, foi muito parecido com o jogo contra o Santa Fé, da Colômbia,
um jogo altamente físico, com poucas oportunidades de gol. Nós fizemos um
gol, muito legal, fizemos um a zero muito legal,
e poderíamos ter contido o segundo gol (evitar o gol de empate), marcamos mal aquele momento.
Então, foi um jogo com ingredientes de clássico, muito truncado. Mais uma
vez, não gostamos da arbitragem. Mas, isso não quer dizer nada. O
árbitro pode estar mal também no próximo jogo. Não
gostei dos critérios, acho que o zagueiro do Cruzeiro (Léo), deveria ter
sido expulso também, foi muito clara a jogada, e também pesou. Mas, de
modo geral, com 10 jogadores, achei que foi uma boa apresentação.
Levir também fez questão de exaltar a atuação de Guilherme e Dátolo, que, recentemente, voltaram de contusão. Para o treinador, o resultado não foi dos mais ruins.
- O principal de tudo foram coisas boas que eu vi, como o número de substituições. Duas
substituições já estavam praticamente certas: o Dátolo e o Guilherme.
Acontece que, ali, eles seguraram na moral, empenho físico
total. Foram substituições inesperadas, então esse foi o ponto legal,
nós conseguimos controlar a partida com 10 jogadores, então foi um
resultado tranquilo, e decidir no Mineirão, pro Atlético-MG, é como
decidir no Independência.
Confira os principais trechos da entrevista do técnico Levir Culpi, após o empate com o Cruzeiro:
Falta de homem de referência
- Achei (que fez falta
um homem de referência no ataque), agora que empatou, achei, todo mundo
achou. Mas é isso, o futebol é isso, quando não vem a vitória é porque
faltou alguma coisa.
Recomposição, após a expulsão
- Normalmente é isso
(tirar um jogador de frente para recompor a defesa), mas como não
tínhamos um base (volante central), eu achei que dava pra montar um meio
campo com o Rafael (Carioca), com o Dátolo e com
os jogadores do lado fechando. E mesmo assim tivemos uma oportunidade de
gol com dez jogadores. O Cruzeiro nunca sufocou o Atlético-MG porque
tinha um jogador a mais. Nesse aspecto ficou bem controlado. Mas nós
não gostamos do resultado porque saímos na frente
e deixamos empatar.
Desgaste
- Estava conversado com a
comissão técnica. Não podemos criar fantasmas, em relação ao esforço,
físico, ao desgaste. Estamos em abril, não é tempo ainda dos jogadores
estarem sacrificados, não é assim. O grande
problema, para um jogo como o de hoje, é para os jogadores que estão
voltando agora, como Léo Silva, Dátolo e Guilherme. Os outros querem é
jogar. Vamos agora, ainda dá tempo de fazer um regenerativo no CT, antes
da viagem É um desgaste que não mata ninguém,
estamos jogando Libertadores, clássico, eu acho é bom. Muito melhor do
que ficar em casa, torcendo para os outros. Temos que saber administrar é
melhor do que ficar em casa torcendo para os outros. Temos que saber
administrar, temos um grande elenco, claro que perdemos
em conjunto quando há mudanças, mas não lamento esse desgaste porque
ainda estamos em abril.