18/04/2015 07h18 - Atualizado em 18/04/2015 12h35

Ex-militar americano é acusado de matar namorada no Panamá

Brian Karl Brimager teria desmembrado o corpo da vítima em ilha.
Ele se declarou inocente, mas segue preso.

Da EFE

Um tribunal de investigação da Califórnia, nos Estados Unidos, acusou formalmente nesta sexta-feira (17) o militar retirado Brian Karl Brimager, de 37 anos, de homicídio em primeiro grau por supostamente matar sua namorada, desmembrar seu corpo e desfazer-se dele em uma ilha do Panamá, informou o Departamento de Justiça.

Brian Karl Brimager teria desmembrado o corpo da namorada (Foto: Reprodução/YouTube/ABC 10 News)Brian Karl Brimager teria desmembrado o corpo da namorada (Foto: Reprodução/YouTube/ABC 10 News)

Brimager, que se declarou inocente do crime, se encontra sob custódia das autoridades americanas desde junho de 2013 por acusações de obstrução à justiça, dar falso testemunho e falsificação de documentos relacionados com o assassinato.

Segundo a acusação, Brimager matou Yvonne Baldelli, então sua namorada, por volta de 26 de novembro de 2011 e posteriormente a esquartejou e se desfez dos restos em uma área de difícil acesso da ilha Carenero, no arquipélago panamenho de Bocas del Toro.

Durante o tempo que Baldelli esteve desaparecida, Brimager assegurou que a mulher tinha se mudado para a Costa Rica com outro homem e urdiu um elaborado álibi para evitar suspeitas, que incluiu mandar e-mails fazendo-se passar pela vítima e viajar até a Costa Rica para retirar dinheiro da conta de banco de Baldelli.

Porém, restos humanos achados na ilha Carenero foram analisados e seu DNA comparado com o dos parentes de Baldelli, o que confirmou que se tratava da jovem desaparecida.

De acordo com o relatório da acusação do tribunal de investigação de San Diego, ao qual a Agência Efe teve acesso, Brimager e Baldelli começaram uma relação sentimental em 2009 quando ambos residiam em Dana Point, no condado de Orange, no sul da Califórnia, e em setembro de 2011 se mudaram para o Panamá.

O casal fixou sua residência em um quarto de hotel da ilha Carenero ao mesmo tempo em que Brimager conversava por e-mail com outra mulher, mãe de sua filha, (identificada com as siglas "K.W.") e fazia planos para estabelecer-se com ela nos EUA.

Nessas comunicações, Brimager nunca mencionava Baldelli, que nessa época já sofria maus-tratos físicos por parte do ex-fuzileiro naval, com o qual tinha ruidosas brigas em seu quarto de hotel que lhe deixaram marcas nos braços e nos olhos.

Em 24 de novembro de 2011, a gerente do hotel quebrou uma perna e teve que ser transferida a um hospital em Changuinola, em território continental dessa mesma província panamenha, e pediu a Brimager e Baldelli que cuidassem do local enquanto se recuperava.

A morte de Baldelli aconteceu, segundo as autoridades, na noite de 26 de novembro ou na madrugada de 27.

No dia 27 de novembro, segundo essa mesma versão, Brimager acessou o computador de Baldelli e buscou na internet como "limpar manchas de sangue em um colchão", mas acabou o jogando de seu quarto no oceano e disse à gerente que tinha feito isso porque seu cachorro tinha urinado nele.

Entre 27 e 29 de novembro, Brimager se desfez das evidências do crime e atirou no lixo do hotel as roupas e os pertences pessoais de Baldelli.

No próprio dia 29 de novembro acessou o e-mail pessoal de Baldelli e fez-se passar por ela para contar à irmã desta, Michelle Valenzuela, que havia terminado com Brimager e iria viver na Costa Rica com um homem chamado Tony Gonzales.

Em 12 de dezembro desse mesmo ano, Brimager aterrissou em San Diego e dois dias depois se declarava a K.W., com quem se casou logo em seguida.

Brimager continuo enviando e-mails a Valenzuela em nome de Baldelli até o final de dezembro e conseguiu evitar que a família dela informasse às autoridades de seu desaparecimento.

Em março de 2012, Brimager foi interrogado pelo FBI a respeito do paradeiro de Baldelli, momento no qual reforçou que ela o tinha deixado e vivia com outro homem na Costa Rica.

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