18/04/2015 07h50 - Atualizado em 18/04/2015 07h50

Arábia Saudita oferece US$ 274 milhões para ajuda no Iêmen

Dinheiro será usado pela ONU e outras entidades em ações humanitárias.
A decisão foi tomada pelo rei saudita, Salman bin Abdul Aziz.

Da EFE

Fumaça sai de Palácio Republicano após bombardeio nesta sexta-feira (17) em Taiz (Foto: Reuters)Fumaça sai de Palácio Republicano após bombardeio nesta sexta-feira (17) em Taiz (Foto: Reuters)

A Arábia Saudita, que lidera os bombardeios contra os rebeldes houthis no Iêmen, anunciou neste sábado uma ajuda de US$ 274 milhões para financiar as operações humanitárias conduzidas pelas Nações Unidas e outras entidades no país.

A decisão foi tomada pelo rei saudita, Salman bin Abdul Aziz, depois de o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha) ter pedido ontem US$ 273,7 milhões para fazer frente à situação de emergência no Iêmen durante os próximos três meses.

Segundo um comunicado da Casa Real, divulgado pela agência oficial "Spa", o montante, que atende ao pedido da Ocha, será enviado "em resposta às necessidades humanitárias da população iemenita e à solicitação das Nações Unidas".

Várias agências da ONU e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) denunciaram ontem a deterioração da situação no país e a crescente escassez de alimentos, água potável e remédios.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou por telefone ontem com o rei Salman e discutiu "a importância de responder às necessidades humanitárias dos cidadãos iemenitas", segundo comunicado da Casa Branca.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu há dois dias um cessar-fogo imediato a todas as partes envolvidas no conflito, que já deixou mais de 800 mortos e 2.700 feridos.

O confronto nas últimas semanas fez, além disso, com que entre 120 mil e 150 mil pessoas que migrassem de região dentro do próprio Iêmen, número que se soma aos 300 mil que já tinham se deslocado pelo território do país antes da recente crise.

O conflito se intensificou desde o último dia 26 de março, quando foi iniciada uma campanha de bombardeios - liderada pela Arábia Saudita - contra os rebeldes houthis.

Riad e seus oito aliados árabes justificaram a ofensiva na defesa da legitimidade do presidente iemenita Abdo Rabbo Mansour, na ameaça que os houthis representam para a Arábia Saudita e no perigo de o Irã, potência muçulmana xiita, estender sua influência na região.

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