O único esporte em que homens e mulheres competem uns contra os outros é o hipismo e, ao menos na categoria adestramento, quem domina são elas. Neste domingo, foram distribuídas as primeiras medalhas da competição, na prova por equipes, e a medalha de ouro foi para os Estados Unidos, que contavam com três mulheres no time, a prata foi para o Canadá, também com três, e o bronze com o Brasil, com uma atleta.
Mais da metade dos 42 atletas que entraram em ação na prova são mulheres (24 nomes). No hipismo adestramento, o atleta se apresenta em uma pista, chamada
de picadeiro e, por quase sete minutos, faz movimentos obrigatórios e
livre, e são avaliados pelos árbitros. Única mulher da delegação
brasileira, Sara Wadall diz que, para os árbitros, o gênero não importa:
- Lá dentro, o julgamento dos árbitros é maior nos cavalos do que nós. No final, a mulher pode ter um toque mais sensível, o homem mais forte, mas no final isso tem que interagir com o cavalo - disse a atleta.
Nos Estados Unidos, Sabine Kery, Kimberly Herslow, Laura Graves compõe o time ao lado de Steffen Peters. Já no time canadense, Belinda Trusell, Brittany Fraser, Megan Lane fazem o time com Christopher Von Malters. Para a 27ª na classificação geral, a hondurenha Karen Atala, o fato tem muito a ver com a delicadeza da prova:
- Eu não sei porque as mulheres dominam, talvez porque o adestramento seja algo mais delicado, que o cavalo precise de mais cuidado. Mas a verdade é que as mulheres são melhores em tudo - disse, rindo, a hondurenha Karen Atala.
Nas Olimpíadas de Londres, por exemplo, o pódio foi inteiro feminino na prova individual: Charlotte Dujardin (Grã Bretanha), Ardelinde Cornelissen (Holanda) e Laura Bechtolsheimer (Grã Bretanha).