Guardiola terá seis dias para encontrar uma forma de parar Messi e
companhia. O segundo jogo semifinal entre Barça e Bayern é na próxima
terça-feira. Até lá o técnico tem tempo para digerir a derrota por 3 a 0
na ida, encontrar uma maneirar de parar o tridente ofensivo do Barça, e
superar o balde de gelo da torcida catalã no Camp Nou.
Não
foram só os dois gols de Messi e um de Neymar que atingiram o técnico
do Bayern, mas também o tratamento frio e indiferente dos apaixonados
pelo Barça com um ídolo do clube. Guardiola foi sucesso como jogador e
técnico usando as cores blaugrana, e tem mais de 30 títulos pelo Barça.
Durante
a semana o regresso de Pep foi o principal assunto na mídia espanhol.
Chegou a cogitar-se que o clube faria uma homenagem, mas a informação
foi desmentida pelo presidente Josep Maria Bartomeu. Guardiola não foi
anunciado no alto falante, não foi aplaudido e nem vaiado: indiferença,
que as vezes dói mais do que um tapa na cara.
- Eu até estava tranquilo, centrado no meu trabalho. Até o primeiro gol
estava controlado. Logo depois nos descontrolamos e eles jogaram melhor -
disse Guardiola após o jogo.
Quando Pep fala em descontrole, ele não se refere só aos três gols sofridos pelo time, mas de como seu time perdeu a cabeça ao não conseguir segurar o Barça. Müller, um de seus principais craques em campo, se irritou ao ser substituído logo depois do primeiro gol, não cumprimentou seu técnico, e bateu boca no banco de reservas (veja as imagens no vídeo acima).
Embora tenha
conseguido vencer em sua obsessão pela posse de bola (51 a 49%), Pep
levou sufoco do Barcelona, que jogou com marcação adiantada e raçuda,
forçando o goleiro Neuer a receber mais passes em bolas recuadas do que
jogadores como Suárez e Lewandowski.
- O
vestiário está triste. Íamos bem, mas o talento fez a diferença. O 3 a 0
é duro, não sei se reflete o que aconteceu. Desde pequeno me ensinaram
que se defende tendo a bola. Estivemos como queríamos no fim do primeiro
tempo e no início do segundo, mas nos faltou pegada – analisa o
treinador.
Agora, Guardiola, que chegou a dizer
que Messi é imparável na véspera do jogo do Camp Nou, terá de repensar o
argentino. Não só o Bayern precisa marcar gols, e tirar uma diferença
de 3 a 0, como vai precisar parar o tridente de ataque do Barça,
liderado pelo camisa 10. "Temos tentar de fazer com o que ele participe o
menos possível, porque se participa...", prevê.