19/08/2015 16h42 - Atualizado em 21/08/2015 13h00

Justiça condena pela 6ª vez Eduardo Gaievski por abuso sexual de menor

Gaievski é ex-assessor da Casa Civil e ex-prefeito de Realeza, no Paraná.
Ao todo são 14 processos; pena somada passa dos 101 anos de prisão.

Do G1 PR

Gaievski foi prefeito de Realeza entre 2005 e 2012 (Foto: Divulgação)Eduardo Gaievski está preso desde 2013
(Foto: Divulgação)

O ex-assessor da Casa Civil e ex-prefeito de Realeza, no sudoeste do Paraná, Eduardo André Gaievski, foi condenado a 16 anos e 11 meses de prisão em regime fechado por abuso sexual de uma adolescente de 12 anos. Segundo o advogado de acusação Natalício Farias, essa é a 6ª condenação de um total de 14 processos contra Gaievski. A sentença, do juiz Luiz Fernando Montini, é de sexta-feira (14). Cabe recurso à decisão.

A pena total de Gaievski, até agora, soma 101 anos e 5 meses de prisão. Dos 14 processos pelos quais ele responde, 13 são por estupro de adolescentes e um por corrupção de testemunhas. Em cinco processos o ex-assessor foi considerado inocente, mas ainda faltam ser julgados outros três processos.

Gaievski está preso desde 2013, e cumpre a pena na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Barracão, também no sudoeste. De acordo com as denúncias do Ministério Público (MP), ele aliciava as adolescentes oferecendo empregos na prefeitura de Realeza na época em que era prefeito.

Conforme Farias, recentemente o MP entrou na Justiça com um pedido de indisponibilidade de bens de Gaievski porque a suspeita é de ele teria usado da influência do cargo e de bens públicos para cometer os crimes.

O advogado de defesa do ex-assessor, Samir Mattar Assad disse ao G1 que está recorrendo de todas as sentenças. "A gente acredita que no Tribunal vai demonstrar que se trata de uma farsa processual sem procedentes na história da Justiça Paranaense", comenta Assad.

Para Farias, a nova decisão era esperada. "A gente já esperava porque os fatos são concretos e a condenação só veio concretizar o que a gente já sabia. A Justiça está sendo feita nesse caso", comemora.

 

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