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"Precisávamos transformar pressão em alegria", diz Tite, sobre "obrigação"

Contra o Joinville, técnico admite que Corinthians entrou pressionado diante de um adversário cansado e na vice-lanterna do Brasileirão

Por São Paulo

 


Tite admitiu em entrevista coletiva: havia no ar uma "obrigação" de vencer o Joinville, time cansado fisicamente por ter jogado na noite de quinta-feira (contra a Chapecoense, empate em 0 a 0) e que ocupa a zona do rebaixamento desde o início do Brasileirão. Com a Arena Corinthians com recorde de público (41.809 pagantes), o treinador temia que a demora na abertura do placar se virasse contra a equipe. 

Mas Malcom, Uendel e Vagner Love fizeram os gols que deram tranquilidade e a vitória ao Timão, líder do Brasileirão e perto de uma marca expressiva: caso não perca nas próxima rodada (contra o Inter, em Porto Alegre, quarta-feira), a equipe igualará as maiores sequências invictas dentro de uma mesma edição do Brasileiro desde a implantação dos pontos corridos, em 2003. Os recordes foram alcançados pelo São Paulo em 2008, e pelo Atlético-PR em 2004, ambos com 18 jogos de invencibilidade. Tanto o Tricolor Paulista quanto o Furacão tiveram 12 vitórias e seis empates.

– Nossa responsabilidade era muito grande, era preciso tirar esse peso de ter "obrigação" de ganhar, essa pressão. Precisávamos transformar essa pressão em alegria, esse foi o tema da palestra – disse Tite.

Tite Corinthians Joinville (Foto: Marcos Ribolli)Tite, durante o jogo entre Corinthians e Joinville (Foto: Marcos Ribolli)

Confira os tópicos da entrevista coletiva de Tite:

Força do grupo
– Eu entendo que vocês procurem detalhes do jogo para analisar. Contextualizando: é a mobilização de um grupo todo, que concentra para se comprometer e fazer o melhor trabalho. Não prometemos titulo, vitórias... eu exijo comprometimento com o trabalho.

Melhora do time
– Sem a bola tem de ser agressivo e com a bola tem de jogar. Futebol essencialmente é qualidade técnica de atletas, e a gente procura potencializar isso.

Cansaço do Joinville ajudou?
– Nós agredimos muito com a marcação. É desumano jogar de quinta pra domingo. Não pode o Joinville fazer isso, não pode ter esse tipo de enfrentamento, a parida tinha que ter sido transferida. Os atletas correm muito risco. O Paulo (César Gusmão) foi inteligente, colocou intensidade e velocidade. Tivemos um jogo consistente com o mesmo Joinville que deu trabalho para Palmeiras, Grêmio e Atlético-MG. O grau de dificuldade é muito grande.

Ataque melhorou?
– É coordenação, jogar sem pensar, entrosamento, amadurecimento da equipe, podem dar o nome que quiser. É errar e manter o nível de concentração alto. 

Favoritismo
– Nossa responsabilidade era muito grande, era preciso tirar esse peso de ter "obrigação" de ganhar, essa pressão. Precisávamos transformar essa pressão em alegria, esse foi o tema da palestra.

Invencibilidade
– Fora do padrão normal em função do equilíbrio, mas digno de elogios e registro (invencibilidade). é muito difícil manter esse nível. Inevitavelmente uma hora vai perder, mas a gente quer jogar isso o mais pra frente possível. Tomara que a gente consiga manter e bater campeão.

Jogo pela manhã
– Parabéns para a comissão, para a nutricionista, para os cozinheiros, é todo um trabalho de um grupo. O torcedor precisa saber que toda essa equipe de profissionais trabalha demais.