Empate ruim, mas atuação do desfalcado time elogiada. Foi essa a tônica da coletiva do técnico Levir Culpi após o
empate por 1 a 1 entre Cruzeiro e Atlético-MG, neste domingo, no
Mineirão. O time
alvinegro saiu na frente e teve chance de ampliar, mas não conseguiu
segurar a vitória, que colocaria o time atleticano na ponta do
Campeonato Mineiro.
Para
o comandante do Galo, o time não "pipocou" diante da maioria de
torcedores do Cruzeiro, e a atuação no Gigante da Pampulha rendeu
elogios. No entanto, Levir
ficou na bronca com o árbitro do jogo, Emerson de Almeida Ferreira, que
não expulsou Leandro Damião, em uma dividida com Victor.
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Esse 1 a 1 só é melhor que 0 a 0. Ainda assim o resultado,
matematicamente, não é bom. Nós tivemos hoje 1.000 atleticanos contra 30
mil cruzeirenses, e
o time não pipocou. Tivemos chances de vencer o jogo. Todo mundo jogou
direitinho, jogou bem. Não tivemos precipitação, não faltou oportunidade
para fazer o gol. Achei que o Luan foi bem na posição que ele trabalhou
e fez parte de um grupo que jogou muito regular.
Deixo meu protesto contra o árbitro. Quando o Damião solou o Victor, o
bandeira chamou. Dava o cartão para o ele e acabou. Estava fora do jogo.
Foi um erro capital, que gerou a perda de dois pontos e da vitória.
Se
nos últimos jogos os jogadores do Atlético-MG saíram de campo cobrados,
após o clássico o cenário foi diferente. A postura do time, dentro das
quatro linhas,
agradou o treinador.
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No final da partida, nós normalmente nos abraçamos e, hoje, eu falei que
ía para casa feliz com qualquer resultado. O time não teve medo,
procurou fazer algumas
jogadas interessantes. Nós podemos jogar mais do que isso. Nós temos que
jogar mais do que isso. Nós arrancamos um resultado bom e isso vai
motivar os jogadores para as competições.
Para o jogo contra a Caldense, na quinta-feira, em Poços de Caldas, Levir
Culpi poderá contar com o retorno do atacante Lucas Pratto. Mas, antes de
confirmar
o argentino, o técnico prefere reavaliá-lo.
- Talvez ele seja uma opção, mas vamos acompanhar sem precipitação. Vamos acompanhar e observar.
Confira outros trechos da coletiva do técnico Levir Culpi
Substituição de Dodô
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Eu não achei que ele se destacou. O Dodô é um menino de 19 anos,
revelação da base, assim como o Carlos e o Jemerson. Temos que ter um
cuidado especial.
O Maicosuel entrou, é um ritmo físico diferente. A temperatura estava
muito forte e isso pesou. Achei que ia usar as três substituições, mas
não precisou, porque os dois entraram muito bem fisicamente e
tecnicamente.
Perdeu dois pontos?
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Não acho que nós desperdiçamos. Teve um lance capital no jogo, que foi a
não expulsão do Damião, mas o jogo rolou legal. Não tem nada o que
reclamar muito
do jogo não. A nossa sequência vai ser melhor do que essa.
Clássico é ...
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É um jogo diferente, porque tem os componentes rivalidade e fanatismo.
Então, mexe muito com a parte emocional, mas não é só isso. Você tem que
jogar bem
taticamente e tecnicamente. São várias situações para você analisar e,
em um clássico desses, o resultado pode gerar um grande dano emocional.
Mas para gente foi legal, e o time respondeu dentro de campo.
Sem o centroavante físico
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Tem umas coisas para se analisar. No início da temporada, nós iniciamos
com o Pratto, e ele estava agradando todo mundo. Mas, ele joga mais
dentro da área.
Temos isso como uma opção que pode mudar o jogo. Temos jogadores muito
rápidos. O Carlos, Luan, Cesinha e Maicosuel são jogadores de muita
flexibilidade. Vamos usar essas duas situações.
Mudança no clima
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O Atlético-MG tem essas coisas. Nós tínhamos 1000 torcedores, mas a
gente sentia a presença neles. Nosso time não ficou com medo ou
preocupado e tivemos
bons momentos durante a partida. O 1 a 1 foi um empate, mas da maneira
como foi, pode colocar o Atlético-MG em um astral muito legal.
10% de atleticanos
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Eu achei que faltou muita coisa. Eu acho que tem que ser torcida
dividida e acabou. Quem cuida do evento é a Polícia. Colocar mil
torcedores só de um time,
tem jogo sem torcida... É o fim da linha. Há um envolvimento em torno do
jogo que não funciona direito. Essa coisa de separar os torcedores é
uma decisão que me deixa muito triste, porque a alma do futebol é a
torcida. Ninguém me dá uma explicação convincente
com essas situações. Se tem problema de segurança, aumenta a segurança.
Se o cara faz bagunça, vai para a cadeia.