02/03/2015 23h18 - Atualizado em 02/03/2015 23h42

Após jantar, Temer diz que Dilma se reunirá com base semanalmente

Presidente recebeu cúpula do PMDB para jantar no Palácio da Alvorada.
Temer já havia dito que encontro serviria para 'solidificar' relação.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília

Após participar de jantar com a presidente Dilma Rousseff e a cúpula do PMDB no Palácio da Alvorada, em Brasília, o presidente nacional da legenda e vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou que ela decidiu se reunir semanalmente com os partidos que compõem o governo.

“Nós tratamos da coalizão governamental, e a decisão foi agora fazer uma reunião semanalmente com basicamente a representação dos vários partidos da coalizão e discutir todos os temas, não só aqueles que sejam remetidos ao Congresso Nacional, mas aqueles que façam parte de ações do próprio poder executivo. Então, semanalmente, nós teremos reuniões reveladoras dessa coalizão”, disse Temer.

Mais cedo, antes de chegar ao Alvorada, o vice-presidente já havia dito que o jantar desta segunda serviria para “solidificar” as relações entre o PMDB e o governo. Questionado sobre se a ausência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi comentada na reunião, Temer disse que não.

De acordo com o vice-presidente, o PMDB saiu “mais satisfeito” do jantar com Dilma, pois, segundo ele, haverá participação maior da legenda nas decisões políticas do governo. “Eu acho que dá para sair mais satisfeito. Dá para sair porque efetivamente vai haver uma integração maior, uma consultação maior, uma audiência maior, portanto, uma participação maior [do PMDB]”, disse.

Conforme mostrou o Blog do Camarotti, o PMDB pediu ao Planalto o fim do chamado “G6”, grupo formado pelos seis ministros mais próximos à presidente Dilma Rousseff e tratados por ela como conselheiros políticos. Todos são do PT.

Indagado sobre se durante o jantar ficou decidido que haverá “alguém do PMDB” no grupo, Temer disse que as discussões não giraram em torno do “G6”. “Nessa reunião semanal, que acho que será muito produtiva – e evidentemente que eu estarei lá –, haverá um ministro do PMDB nessas reuniões”, limitou-se a dizer.

Renan Calheiros
Assim como havia feito mais cedo antes de seguir para o jantar, Temer voltou a dizer que a ausência de Renan Calheiros no encontro não gerou mal-estar entre os presentes. O presidente do Senado argumentou, em nota, que “o presidente do Congresso Nacional deve colocar a instituição acima da condição partidária”.

Michel Temer disse que, “por questões do Senado”, Renan decidiu não ir ao jantar. O presidente do PMDB defendeu o colega de partido e afirmou que ele está “totalmente integrado à coalizão”.

'Suposto equívoco'
O presidente do PMDB foi questionado sobre possíveis reclamações de parlamentares do partido sobre não terem sido consultados sobre as medidas provisórias publicadas na semana passada pelo governo e que preveem a desoneração da folha de pagamentos menor para este ano.

Temer atribuiu o fato a um “suposto equívoco” do governo. “E nada como um suposto equívoco para gerar acertos. Esses acertos nascem a partir de hoje”, afirmou. Segundo Michel Temer, não houve reclamações por parte do PMDB sobre o relacionamento da presidente Dilma com a legenda, mas, sim, "troca de ideias".

 

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