Rivaldo, no auge da forma física e técnica, faria frente a Cristiano Ronaldo, Messi e qualquer jogador da atualidade. A constatação é do próprio atleta, hoje com 43 anos e de volta aos gramados para livrar o Mogi Mirim do rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro. O craque criticou o nível atual do futebol mundial e disse que, se fosse da atual geração, certamente ganharia dois ou três prêmios de melhor do mundo.
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– Se a minha época fosse hoje, eu apostaria com qualquer um que eu ia ser melhor do mundo umas duas ou três vezes. Do jeito que está o futebol lá fora, eu com certeza ia passar de 50 gols por temporada, tranquilamente. Principalmente na Espanha – afirmou o meia, grande nome do elenco do Mogi Mirim na temporada, em entrevista à EPTV.
Argumentos não faltam a Rivaldo. Ele foi o melhor jogador do mundo em 1999, disputou duas finais de Copas pela seleção brasileira (ganhou uma, em 2002, como um dos protagonistas da equipe) e brilhou no futebol europeu, especialmente com a camisa do Barcelona. Também passou, entre bons e maus momentos, por Santa Cruz, Corinthians, Palmeiras, La Coruña, Milan, Olympiakos, AEK, São Paulo, São Caetano e Bunyodkor (Usbequistão).

No auge, Rivaldo disputava espaço na Europa com craques do quilate de Zidane, Figo, Henry, Beckham, Bergkamp e tantos outros. Isso sem contar os conterrâneos: Romário, Ronaldo, Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Para o eterno camisa 10 do pentacampeonato mundial, o futebol de hoje não tem a mesma qualidade. É por isso que Cristiano Ronaldo e Messi estão muito à frente dos outros.
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– Futebol hoje está bem diferente de antes. A qualidade de antes era bem melhor, o futebol caiu muito hoje, no Brasil e no mundo inteiro, como Espanha e Itália. Você vê quando o futebol não está bem quando Messi e Cristiano Ronaldo, mesmo sendo os melhores hoje, passam de 50 gols no campeonato. Isso mostra que o nível está abaixo. Mesmo sendo o melhor do mundo, não pode fazer 50 gols em 38 jogos.
Rivaldo sonha em prolongar a carreira, até por ver que existe espaço para talentos como o seu. Desde que decidiu voltar, fez duas partidas e saiu vitorioso em ambas. Contra o Macaé, marcou um gol de pênalti e viu o filho Rivaldinho completar o placar com outros dois. A aposentadoria definitiva deve ser em dezembro, após a Série B. Até lá, ele sofre com infiltrações no joelho, sacrifício para fazer o que ama.
– Eu joguei até o máximo, com 42 anos. por isso não senti tanta saudade. Voltei para ajudar o Mogi Mirim. Se eu parar amanhã, não sinto saudade, porque cheguei ao máximo. Mas vou me cuidar um pouco para ver se consigo jogar alguns jogos ainda pelo Mogi – disse.
