O técnico Marcelo Fernandes possivelmente terá problemas com
os tribunais em breve. O comandante do Santos teve a expulsão contra a
Chapecoense, no domingo, descrita na súmula do árbitro Jailson Macedo de
Freitas. Segundo o juiz, o treinador ofendeu membros do quarteto de arbitragem
que trabalhou na partida.
Marcelo Fernandes foi expulso ainda aos 17 minutos do
primeiro tempo, ao reclamar que o juiz permitiu que o time catarinense cobrasse
uma falta enquanto Valencia estava estirado no gramado, sentindo uma lesão. Na
sequência, Apodi apareceu na cara do gol, aproveitando o instante de desatenção
da defesa santista, mas Vladimir conseguiu desviar o arremate para escanteio.
De acordo com a súmula entregue por Macedo de Freitas à
CBF, Marcelo Fernandes reclamou "acintosamente" com o árbitro assistente número
1, Bruno Raphael Pires, com palavras de baixo calão. Após a expulsão, o treinador santista ainda se
dirigiu ao quarto árbitro, Evandro Tiago Bender, com mais ofensas: "foi
tu, você é um babaca do c...".
Após a derrota por 1 a 0 em Chapecó, Marcelo Fernandes comentou o
incidente e disse que a arbitragem tem tido problemas de interpretar a
orientação oficial para lances de "fair play".
– Tem que decidir se essa palhaçada de fair play vai ser
seguida ou não. O que eu disse para os meus jogadores, desde o início, é o que
foi passado para mim na CBF. Procuramos fazer aquilo que foi discutido. Já é o
terceiro jogo que sou prejudicado. Hoje, mais uma vez fui expulso, por reclamar
do banco – comentou o treinador santista.
De acordo com a nova orientação em vigor, Fernandes não poderá comandar o time do campo na próxima rodada. O treinador terá que ver a partida contra o Sport das tribunas. O jogo acontece no domingo, às 11 horas.
Além de expulsar Fernandes, o árbitro baiano distribuiu
seis cartões amarelos para jogadores do Santos - Chiquinho, Lucas Otávio, Lucas
Lima, Geuvânio, Robinho e Ricardo Oliveira foram advertidos). Ao fim da
partida, o camisa 9 do Peixe reclamou dos critérios de atuação do juiz.
– O futebol de hoje em dia tem muito contato corporal. O
critério está rigoroso demais. Levei o cartão em uma jogada que disputei ombro
a ombro com o jogador deles – argumentou Ricardo Oliveira.