13/03/2015 18h06 - Atualizado em 13/03/2015 19h12

Sindicatos e centrais fazem protesto no Centro de Teresina nesta sexta

Ato teve CUT, Sinsep, Sinte e movimentos sociais entre integrantes.
Segundo a PM, ato reuniu 200 pessoas; CUT diz que teve 2 mil pessoas.

Do G1 PI

Protesto em Teresina (Foto: Catarina Costa/G1)Protesto realizado em Teresina nesta sexta-feira (13) (Foto: Catarina Costa/G1)

Entidades sindicais e movimentos sociais realizaram um protesto na tarde desta sexta-feira (13) na Praça da Liberdade, no Centro de Teresina

De acordo com a Polícia Militar, a concentração do protesto começou por volta das 15h e às 16h45 os manifestantes deram início a uma passeata pela Avenida Frei Serafim, que terminou às 18h. Segundo a PM, cerca de 200 pessoas participaram da manifestação. Já de acordo com a CUT, uma das organizadoras do protesto, o ato reuniu cerca de duas mil pessoas. Por conta do protesto, o trânsito no sentido Centro-Zona Leste da Avenida Frei Serafim ficou fechado.

Segundo o tenente coronel Edson Ferrereira, coordenador de gerenciamento de crises da PM, não foi solicitado policiamento por parte da organização. "Nada foi pedido porque foi dito que seria uma manifestação pacífica, mas fizemos questão de comparecer ao local para acompanhar o andamento da passeata", disse.

Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Piauí, Paulo Bezerra, participaram da manifestação cerca de 30 sindicatos e entidades sociais.

Além da CUT, fizeram parte do protesto o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado do Piauí (Sinsep), Movimento dos Atingidos por Barragens, Sindicato dos Trabalhadores em Educação básica do Piauí (Sinte), União Brasileira das Mulheres, Setorial LGBT, União dos Jovens Socialistas (UJS), Associação dos Moradores do Itararé, Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Piauí (Fetag), Sindicato dos Bancários do Estado do Piauí e Sindicato dos Comerciários do Piauí.

Também participaram do ato a Federação das Associações de Moradores e Conselhos Comunitários do Piauí (FAMCC), Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários do Estado do Piauí, Sindicato dos Trabalhadores em Comunicação no Estado do Piauí, Sindicato dos Trabalhadores Fed Saúde Prev Social Piauí, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e União Nacional dos Estudantes.

O Sindicato dos Urbanitários do Piauí, Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Estado do Piauí (Simpro), Movimento Nacional de Luta Pela Moradia (MNLM), Legião das Vanguardas de Juventude também estiveram presentes no protesto desta sexta-feira.

Segundo Paulo Bezerra, presidente da CUT e do Sinsep, os servidores públicos foram defender os direitos trabalhistas retirados através das medidas provisórias editadas pela presidente Dilma Rousselff. “Também defendemos a reforma politica com uma reformulação da constituição. Isso para termos a democracia respeitada”, disse.

Maria Gonçalves, do Movimento dos Atingidos por Barragens, que representam os municípios de Palmeiras, Amarante, Parnarama e Timon (MA), disseram que a Petrobras tem que resistir aos ataques e que não deve ser privatizada. “É uma desmoralização do governo federal, a situação em que a empresa se encontra. Não aceitamos desvios de recursos, mas a privatização não é um caminho. O petróleo é nosso”.

Para Odeni Rocha, presidente do Sinte, o sindicato dos professores vem em defesa da Petrobras, que é uma empresa que trabalha ajudando a educação do país. “Em 2012 tivemos um avanço no momento em que a presidente aprovou 75% das verbas do pré-sal para a educação. Acabar com a Petrobras, é acabar com todas as conquistas da nossa área”.

Zeuma Cavalcante, da União Brasileira das Mulheres, se disse a favor da presidente Dilma Rousseff e da igualdade de gêneros. “A entidade vem defender a constituição, a reforma política, que respeite qualidade de gêneros. Queremos representações tanto masculinas como femininas no parlamento e em todos os órgãos públicos. Queremos a igualdade”.

O grupo Setorial LGBT disse apoiar a defesa dos direitos trabalhistas de a igualdade de direitos. “Nós queremos combater todo tipo de preconceito, especialmente o crime homofóbico. Não temos o que criticar sobre as politicas públicas voltadas para o publico LGBT do governo federal, mas ainda temos o que melhorar”, afirmou Vitor Kozlowski.

Assim como outras entidades, a União dos Jovens Socialistas teve como bandeira a defesa da Petrobras e a legalidade do mandato da presidente Dilma Rousseff. “Temos que criticar quando houver necessidade, mas não devemos colocar em cheque a soberania. Não podemos permitir nenhum retrocesso em nossa democracia”, afirmou Isadora Cortês, da UJS.

Maria da Paz, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, afirmou que o MST veio apoiar todas as pautas e bandeiras, especialmente as do homem do campo. “Queremos também avançar o questionamento com relação ao modelo das barragens que estão sendo construídas no estado. É preciso comunicar a comunidade sobre os danos que elas provocam”, disse.

O diretor do setor em saúde do Sindicato dos Bancários, João Neto, afirmou que o governo federal tomou medidas que prejudicam os trabalhadores e que por isso o ato dessa sexta-feira foi necessário. “Os bancários também levantam a bandeira da abertura do capital da Caixa Econômica Federal, decisão a qual o governo recuou na semana passada. Defendemos ainda o fim do fator previdenciário”, contou.

Manifestantes fazem passeata em defesa da Petrobras e da presidente Dilma Roussef em Teresina, no Piauí (Foto: G1 PI)Manifestantes fizeram passeata em defesa da Petrobras e da presidente Dilma Roussef em Teresina, no Piauí (Foto: G1 PI)
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