true detective vince vaugh colin farrell - blog legendado

Quando eu vi o primeiro episódio da primeira temporada de “True Detective”, no ano passado, meu coração bateu mais forte e eu tinha certeza de que seria uma das grandes séries do ano. E foi mesmo.

Agora, com outros atores, outra história, outra abertura e muita expectativa, a série ganhou a segunda temporada. Desta vez, meu coração bateu menos forte. O primeiro episódio deixou um pouco a desejar – muitos policiais autodestrutivos demais e uma história que demorou para dizer a que veio, só no finalzinho começou a fazer um pouco de sentido. Mesmo assim, dá pra dizer: se não vai ficar no mesmo nível da primeira temporada (um feito beeem difícil), a série continua sendo coisa fina. Aquela beleza HBO, começando na abertura, passando pela trilha incrível (aquela mulher no bar, caramba), Leonard Cohen, a direção, os atores, o climinha.

O segundo episódio já deu uma animada na coisa, e a história começa a ficar boa. O crime é bem bizarro, os personagens começaram a interagir e ainda teve aquele final wtf com um ser mascarado atirando, tudo muito inesperado. Aliás, o cara mascarado, o jeito como o morto foi encontrado, o passado bizarro da policial, os papinhos com aquele psicólogo, a relação do Collin Farrell com o filho: tudo tem um quê de sombrio. Tenho fé nessa temporada. Aguardemos.

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E aí acabou agora, com atraso, a minha competição particular de qual é a melhor comédia no ar hoje. Depois de “Veep” liderar por  muito tempo, “Silicon Valley” levou o troféu da temporada (na verdade talvez tenha empatado com “Unbreakable Kimmy Schmidt”, não sei). Não que “Veep” tenha ficado ruim, acho meio impossível isso. Mas perdeu um tiquinho da graça depois que Selina virou presidente, apesar de ter o dr. House no elenco e de continuar com os diálogos mais afiados e os personagens mais boca-suja da televisão mundial. 

Agora: “Silicon Valley”, que série incrível. A história aqui é o que menos importa, até porque eles meio que andam em círculos e tudo bem. Mas os personagens são muito bons, os diálogos me fazem rir alto várias vezes por episódio.  O jeito como eles tiram sarro do mundinho das empresas de tecnologia, as conversas mais nerds ever, é tudo tão bom, tão divertido. A primeira temporada demorou um poquinho para engatar (e terminou com a maior gargalhada que eu dei em séculos), mas a segunda, tirando um ou dois episódios medianos, é boa do começo ao fim.  E você nunca assistiu, que triste.

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sense8 - netflix - blog legendado
Depois da incrível polêmica (não era tão xingada desde o final de “Lost”, que saudades) com o meu singelo post falando que eu achei “Sense8” ruim depois de ter visto *apenas* cinco episódios, por uma questão de honra resolvi ver a série até o fim. To quase. Continuo com a mesma impressão: a série é quase boa, mas os diálogos são muito, muito ruins (eles SÓ falam em forma de frases de efeito), os atores são quase todos fracos, os personagens são caricatos, a história é boba. Só que aí tem a trilha linda de morrer (já teve até Antony and the Johnsons com “Knockin’ on heaven’s door”), aquela direção incrível e umas ceninhas matadoras (tipo a cena em que todo mundo faz sexo com todo mundo, presente ou de longe, que coisa bonita que foi aquilo, ou tipo o concerto com todo mundo revivendo seu nascimento ao som de Beethoven).  Ou seja: se a gente assistir sem som quando os personagens falam, acho que a série pode ficar bem boa.

E, sério, como o Jonas/Sayid irrita, né? Ainda vou fazer um post especial só para as frases irritantes que ele fala. Me aguarde.

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Hoje estreia no ANX a terceira temporada de "Hannibal". A série, que é atualmente a melhor coisa da TV, foi cancelada e esta provavelmente vai ser sua última temporada (se são Netflix não resolver salvá-la, já acendi uma vela). E, já disse, é a melhor coisa da TV atualmente. A vida é muito injusta.

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“Greys’ anatomy”: estou há séculos para escrever uma linda pensata sobre como as séries precisam acabar e não pode se arrastar por anos e anos a fio (tirando se você é um “Law & Order” da vida, aí ok), sobre como é triste ver uma série incrível como já foi “Grey’s” perder a dignidade e virar essa bosta que virou, porque virou. Mas aí me dá uma tristeza e me dá uma preguiça... E aí teve aquele episódio horrendo do Derek morrendo. E aí a gente faz as contas e vê que ele é tipo o 18º personagem do núcleo principal a morrer na série de forma trágica, e aí vê como fizeram um episódio tão sem vergonha pra morte dele, com aquele golpe baixo de no fim ter um Snow Patrol tocandinho enquanto a Meredith chorava e desligava os aparelhos e passavam uns flashbacks da vida dos dois, truque barato para a gente se emocionar, porque afinal a gente curtia o casal e eles sabem fazer uma edição juntando Snow Patrol e cenas tristes. Então é isso: acaba, "Grey's Anatomy"!

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Ainda não decidi se gosto ou não de “Wayward pines”. Ao decidir, avisarei. Grata.

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Não é nada muito incrível, mas estou curtindo "The Brinks", já viu?