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Coordenador do JF analisa futuro
do time: "Vontade não paga folha"

Após terminar primeira fase em 9º lugar, coordenador técnico do time de Juiz de Fora, Maurício Bara, diz não saber se grupo será mantido para próxima temporada

Por Juiz de Fora, MG

Missão cumprida? Sim. Poderia ter sido melhor? Sim. A sonhada e desejada classificação para os playoffs da Superliga Masculina de vôlei ficou a, pelo menos, três pontos de distância. Mais que lamentar os pontos perdidos em confrontos diretos ou contra adversários considerados mais fáceis, o momento agora é de comemorar a evolução no trabalho e iniciar as negociações para a manutenção do time na temporada 2015/2016. Pelo menos, esta é a análise do coordenador técnico Maurício Bara.  

– A gente se preparou para todos os momentos, mas, quando não depende só de você, é muito complicado. É um avanço ficar em 9º com uma campanha melhor que no ano passado. A sensação é que tudo que pôde ser feito, foi feito. Não tem porque lamentar muito. O esporte não é uma linha reta, as coisas flutuam. Parabéns a quem foi mais estável – disse.  

treino vôlei Juiz de Fora 10 (Foto: Roberta Oliveira/ G1)"Pela primeira vez, a gente termina a temporada dizendo que é o grupo que gostaria de dar continuidade", disse o coordenador técnico Maurício Bara (Foto: Roberta Oliveira/ G1)


Maurício Bara agradeceu aos torcedores que sempre estiveram ao lado da equipe e ao apoio das empresas que abraçaram o projeto. Lamentou que outras não tenham ajudado, o que traria uma segurança financeira para definir o futuro.  

– Planejamento existe na cabeça da gente. Podemos crescer ou até jogar a Superliga B. Não sabemos o que tem para o ano que vem. Uma cidade que espera a gente ser 4º lugar.. 3º lugar.. ser campeão da Superliga para dar as mãos? As pessoas têm que entender que Juiz de fora, a cidade, não está acostumada a jogar competição de alto nível. Quem jogou competição sabe que não é fácil ganhar uma partida de Superliga – lamentou o coordenador técnico.  

Pela vontade, haverá a manutenção e buscar reforços pontuais. Mas vontade não paga folha, não paga o jogador valorizado. E sabemos que alguns jogadores serão reconhecidos, além de considerar também o desejo de muitos de permanecerem
Maurício Bara

 O coordenador técnico disse ainda que, por ele, a base da atual equipe seria mantida e reforçada para as competições da próxima temporada.  

– Pela primeira vez, a gente termina uma temporada dizendo que é o grupo que gostaria de dar continuidade. Você vai conhecendo o atleta, ele vai te conhecendo, conhecendo a cidade, o trabalho. É uma série de fatores que impactam. Pela vontade, haverá a manutenção e buscar reforços pontuais. Mas vontade não paga folha, não paga o jogador valorizado. E sabemos que alguns jogadores serão reconhecidos, além de considerar também o desejo de muitos de permanecerem – listou Bara.    

Na definição de Maurício Bara, está para começar o “momento mais difícil da temporada” e ele espera agendar para conversar com o reitor Júlio Chebli sobre o projeto.   

– A gente pode manter ou reforçar o time, mas também pode ter um time inferior. Tudo vai depender do que acontecer nestes próximos dois meses. Não sei a posição da reitoria. No primeiro momento, era a favor. Quanto mais rápido eu souber, se sim ou não, de que forma, será melhor para a gente poder trabalhar para a frente. 

De acordo com informações da assessoria da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o reitor Júlio Chebli aguarda a reunião com Maurício Bara para apresentar o projeto e definir, de acordo com as possibilidades, o que será feito em relação à continuidade da equipe.