France Presse

04/09/2015 14h37 - Atualizado em 04/09/2015 14h37

Cientista diz que meninas deveriam brincar menos com bonecas

Jogos de construção, apontado como 'de meninos', ajudam na criatividade.
Pesquisa diz que brincadeiras típicas de meninas são ligadas à passividade.

Da France Presse

Uma criança palestina brinca com uma boneca dentro de um prédio destruído em Beit Hanun, no norte da faixa de Gaza. A crise humanitária se apoderou de Gaza desde a guerra de julho e agosto com Israel, que controla a maioria dos recursos do território (Foto: Mohammed Abed/AFP)Cientista diz que brincadeiras consideradas típicas de menina são associadas à passividade. (Foto: Arquivo/Mohammed Abed/AFP)

As meninas deveriam brincar menos com bonecas e mais com brinquedos típicos de meninos, como jogos de construção, mais favoráveis ao desenvolvimento da criatividade, afirmou nesta sexta-feira a influente cientista britânica Athene Donald.

"Devemos mudar a forma como vemos meninas e meninas e o que é bom para eles quando são pequenos. O tipo de brinquedo é importante? Acredito que sim", declarou a cientista, professora de física experimental da Universidade de Cambridge.

"Criamos comportamentos sociais ao estereotipar o tipo de brinquedo com os quais os meninos e as meninas brincam quando pequenos" continuou Donald, que presidirá em breve a Associação Britânica de Ciência (BSA).

Os jogos de meninas estão tipicamente relacionados com a passividade - como pentear uma boneca, por exemplo -, e não com a construção, a imaginação ou a criatividade, como o Lego", completou.

O tipo de brinquedo com que um menino ou uma menina brincam desde a infância podem contribuir na construção de um entorno social que mantém as mulheres distantes de algumas profissões, tomando como exemplo seu próprio âmbito de pesquisa no qual as estudantes mulheres são minoria.

"As organizações como a Confederação da Indústria Britânica falam constantemente de uma falta de estudantes qualificados em ciência, tecnologia, engenharia e matemáticas. Porém, uma das maneiras de solucionar isso pode ser fazer com que metade da população não se sinta excluída", concluiu.

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