Política

Membro de 'Movimento Patriota' avisa que grupo está armado

Grupo está acampado no gramado do Congresso e se recusa a deixar o local

Felipe Porto, integrantes do 'Movimento Patriota'
Foto: Jorge William / Agência O Globo
Felipe Porto, integrantes do 'Movimento Patriota' Foto: Jorge William / Agência O Globo

BRASÍLIA - No dia em que o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiram dar um prazo de 48 horas para que os grupos acampados em frente ao Congresso Nacional e à Esplanada dos Ministérios deixem o local, um dos movimentos prometeu reagir. Felipe Porto, um dos coordenadores do "Acampamento Patriota", avisou que os manifestantes estão armados, e não sairão do gramado na Esplanada dos Ministérios.

Porto, que se apresenta como jornalista, chamou de heróis os policiais que foram presos nesta quinta-feira após atirarem contra integrantes da Marcha das Mulheres Negras.

Pela localização do acampamento da CUT, que está em frente ao do seu movimento, Porto disse que há um "cenário de guerra" entre os dois grupos.

— O cenário de guerra está armado. Pode acontecer uma carnificina — afirmou.

Porto disse que entre os acampados há policiais, militares, ex-policiais, ex-militares e colecionadores de armas. Disse que, pela profissão, eles têm direito de estar com as armas.

— Vocês acham que alguém aqui tem medo? Vi gente daqui ligando para a família e dizendo que não sabe se volta. Aqui tem patriota, é sangue verde-amarelo. Tem gente disposta a morrer pelo Brasil —afirmou. Do lado de cá tem arma sim. Barraca é casa. E se alguém invadir, tenho direito de defender a propriedade.

Ele afirmou que seu grupo defende uma "intervenção popular" em que a sociedade se uniria ao movimento para "sitiar" os três poderes. A partir daí, as "forças legalistas", como policias militares e Forças Armadas, montariam um governo provisório para promover novas eleições, das quais seriam excluídos os partidos envolvidos em corrupção, e o voto seria em cédula de papel.