Edição do dia 09/10/2015

10/10/2015 01h03 - Atualizado em 14/10/2015 21h56

Mães gastam mais quando vão às compras com os filhos, diz pesquisa

De acordo com a Confederação Nacional dos Lojistas, 64,4% das mães
compram produtos que filhos pedem, mesmo quando não são necessários.

Alessandro TorresFortaleza, CE

Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Lojistas confirma o que muitas mães já sabiam: ir às compras com as crianças pode acabar com prejuízo.

É difícil dizer “não” ao apelo de um filho. A Ana Paula até tentou negociar, mas, na Hora H, acabou cedendo. "Umas duas até que dá, mas, muito, não”, diz a esteticista Ana Paula Trajano, mãe da Maria Eduarda.

Mas e quando não pode? Bom, 40% das mães ouvidas em uma pesquisa de consumo disseram que gastam mais do que o planejado quando estão nas compras com eles e já se endividaram para atender os desejos dos filhos.

A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas concluiu que 64,4% das mães compram os produtos que os filhos pedem, mesmo quando não são necessários.

"Fazer uma venda para quem não pode pagar vai trazer uma dificuldade que esse consumidor vai 'inadimplir' de alguma forma, ficando com o nome negativo, e não vai poder continuar comprando", explica Honório Pinheiro, presidente da CNDL (Confederação Nacional dos Lojistas).

O Gabriel e o Miguel ganharam presente adiantado: um tablet cada um. A mãe fez um malabarismo para atender ao desejo dos filhos.

"Sempre parcela. Em dez vezes, o maior número de parcelas a gente faz", conta a comerciante Jorgeana Alves Matias, mãe do Gabriel e do Miguel.

O problema é que a família já tem outras dívidas, todas no cartão de crédito. O Jornal da Globo convidou um economista para dar uns conselhos a eles e para muitos de nós também.

“Não sabemos que nós podemos comprar tudo que desejamos e isso precisa ficar claro também para as nossas crianças. É uma forma de nós educarmos eles para a vida lá na frente. E, segundo, evitar levar as crianças. Nós sabemos que é difícil negar então para tentar evitar isso ai deixa as crianças em casa e comprem o presente sozinho", explica o economista Marcos Falcão.