13/03/2015 18h15 - Atualizado em 13/03/2015 20h12

Manifestantes defendem a Petrobras durante protesto em Vitória

Grupo seguiu em direção à sede da estatal, na Reta da Penha.
Atos em prol da estatal também aconteceram em outras cidades brasileiras.

Do G1 ES

Manifestantes em Vitória (Foto: Paulo Cordeiro/G1)Manifestantes em Vitória (Foto: Paulo Cordeiro/G1)

Em defesa da Petrobras, manifestantes saíram em passeata, em Vitória, na tarde desta sexta-feira (13). O grupo saiu da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), às 17h20.  Além da valorização da estatal, o movimento também tinha como objetivo pedir a reforma política e o fim de medidas provisórias que alteram direitos trabalhistas.

O grupo seguiu em direção à sede administrativa da estatal, na Reta da Penha. Durante a passeata, ums dos sentidos da avenida ficou fechada. Ao chegarem à sede, os manifestantes ocuparam e fecharam os dois sentidos. Aproximadamente às 19h11, o trânsito foi liberado e, por volta das 19h20, o protesto acabou.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) não registrou nenhum ato de vandalismo ou violência. O órgão do governo informou que ato reuniu 300 participantes. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) disse que 4 mil pessoas protestaram.

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Os participantes começaram a se reunir por volta das 15 horas, em frente ao Teatro Universitário da Ufes, com faixas e cartazes. No local, também havia um carro de som.

Por volta das 18h20, os manifestantes chegaram ao prédio da sede administrativa da estatal, em Vitória. No local, eles se reuniram, gritaram palavras de ordem e entoaram o hino nacional. A avenida Reta da Penha, onde fica localizado o prédio da estatal na cidade, foi fechada nos dois sentidos.

Às 19h50, a Guarda Civil Metropolitana informou que o bloqueio no tráfego começava no prédio do Findes e seguia até a avenida Rio Branco, no sentido Serra-Vitória. Já para quem seguia da capital em direção ao município da Serra, a interrupção no tráfego ocorreu entre a Rio Branco e a Rua Doutor João Carlos de Souza.

Manifestantes ocupam a frente da sede da Petrobras em Vitória, no Espírito Santo (Foto: Naiara Arpini/G1)Manifestantes ocupam a frente da sede da Petrobras
(Foto: Naiara Arpini/G1)

O ato, que também acontece em outras cidades brasileiras, tem a participação de mais de 100 sindicatos, com membros da executiva do PT, representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e também da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

A presidente da CUT no estado, Noêmia Simonassi, disse que uma das lutas é contra o impeachment, que ela afirma ser "golpismo". Mas a presidente também fez críticas ao governo: "Lutamos pelo direito dos trabalhadores, nós não aceitamos retrocesso. Queremos que o governo refaça essa medidas, queremos sentar e discutir sobre isso", disse, referindo-se a mudanças nas regras do seguro-desemprego.

O diretor da União Nacional dos Estudantes, Jonas Lube, disse que o motivo do ato são as lutas pelas reformas que o Brasil necessita e a reforma política. "Outro ponto é a defesa da Petrobras, onde milhares de trabalhadores são funcionários e é um patrimônio nacional. A UNE, na década de 1950, foi protagonista na construção dela e conquistou os royalties e fundo do pré-sal. E  isso vai ser um grande avanço para o Brasil. A gente defende a não privatização da Petrobras", disse.

Manifestantes também se colocaram contra a tentativa de golpe militar para retirar a atual presidente do poder. Representante do movmento LGBT no estado, Tiago Mello falou sobre a importância do ato para as minorias. "Nós estamos aqui apoiando, porque durante 12 anos de governo do PT, muitas conquistas aconteceram, porque é um governo comprometido com o lado social, com a questão LGBT. Então nós, do movimento LGBT, estamos aqui para apoiar porque sabemos que as políticas públicas só aconteceram no momento em que a esquerda entrou no poder. Essa minoria da direita, que quer impeachment, quando governou, não fez nada", disse.

O cofundador nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e participante da executiva nacional Perly Cipriano afirmou que foi "lutar pela democracia, pela Petrobras, contra a corrupção e contra aqueles que não querem a democracia. Esse momento é dela".

O deputado Federal do Espírito santo Givaldo Vieira (PT), também esteve presente no ato. "Eu estou aqui para trazer o meu apoio a essa manifestação legítima e popular. Acho que essa manifestação não é dos políticos e sim dos movimentos sociais e do povo brasileiro. Essa manifestação é para mostrar que a Petrobras é do povo. E nós queremos uma reforma política verdadeira", declarou.

Manifestantes reunidos na Universidade Federal do Espírito Santo (Foto: Naiara Arpini/ G1 ES)Manifestantes reunidos na Universidade Federal do Espírito Santo (Foto: Naiara Arpini/ G1 ES)
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