Em 25 anos, a mortalidade relacionada à gestação caiu quase pela metade, de acordo com dados divulgados pelas Nações Unidas nesta quinta-feira (12). No entanto, apenas nove países compõem a lista que cumpre um dos Objetivos do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU). Propostas nos anos 2000, são metas em prol da melhoria na saúde da população global e no Brasil, como melhorar a saúde da gestantes e reduzir a mortalidade infantil, que deveriam ser atingidas até este ano. Os objetivos que não foram cumpridos serão acompanhados nos próximos 15 anos.
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Segundo a coordenadora do Departamento de Saúde Reprodutiva e Investigação da Organização Mundial da Saúde (OMS), Lale Say, “o relatório mostra que no fim de 2015 a mortalidade materna terá caído 44% relativamente aos níveis de 1990”. De acordo com a Agência Brasil, ela afirma que “é um enorme progresso, mas o avanço é desigual entre os países, em diferentes regiões do mundo”. 99% das mortes envolvem países em desenvolvimento.
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O relatório foi publicado na revista britânica The Lancet e apontou que, em 2015, 303 mil mulheres morreram por complicações durante o parto ou no puerpério, em até seis semanas após o nascimento do filho. Em 1990, foram 532 mil mortes.
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“Isso equivale a um número global de, aproximadamente, 216 mortes maternas por 100 mil nascidos-vivos, menos 385 em relação a 1990”, afirma a análise. Os países que estão na lista dos objetivos cumpridos são Butão, Cabo Verde, Camboja, Irã, Laos, Maldivas, Mongólia, Ruanda e Timor Leste.
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GV