A mudança surtiu efeito imediato, e o Joinville reencontrou a
vitória no Campeonato Brasileiro. Neste domingo, o terceiro triunfo teve a
digital do técnico PC Gusmão. No seu primeiro jogo como comandante da equipe, a
JEC venceu o Avaí por 2 a 0. Porém, o carioca de 53 anos acredita que a vitória
foi dos jogadores, que formaram o clima bom que o time precisava para ganhar e
também deixar a lanterna da competição. (Confira os melhores momentos abaixo)
- Meu tempo para trabalhar foi curto. Cheguei e disse que
daria meu máximo, dentro e fora de campo, e tentar resgatar estima. A vitória foi
do grupo que comprou ideia. O tempo curto para as pessoas falarem do trabalho.
Acho que foi o grupo que se juntou, viu a dificuldade e fez um grande jogo. Foi
bonito no vestiário, com todos os jogadores do elenco juntos antes de começar, a
diretoria, é importante a integração. O clima
era bom e passou para o campo. Vamos trabalhar com alegria da vitória nesta
segunda e com o sentimento do dever cumprido. É importante para o início de
trabalho. Meu papel era fazer que continuassem o clima bem em campo – apontou PC.
Nesta segunda-feira, o elenco se reapresenta para os
preparativos ao confronto das 11h de domingo, contra o Vasco, no Maracanã. Agora,
a palavra de ordem não é apenas “reação”, mas manter o que foi começado sobre o
Avaí neste domingo. Não apenas pelo resultado, PC também colocou as condições
de trabalho como positivas para tal.
- Eu estou entrando, e o João Carlos Maringá está entrando no lugar do Cesar
(Sampaio, ex-superintendente). A gente chegou com a criar uma nova situação, e
porque tenho respaldo muito grande. É importante ter a figura de um executivo
que dê isso. Tive isso com Felipe Ximenes (atualmente no Criciúma e que esteve
na Arena Joinville), ele me deu suporte, e te deixa mais tranquilo para focar
só no trabalho. Fora de campo tem gente responsável, é muito importante e
legal. Estou feliz com o Maringá em pouco tempo, a gente casa bem o trabalho, a
cobrança é fundamental para não ter conforto. Minha parte é com a comissão em
campo, fora tem uma pessoa em hierarquia para tomar posições cabíveis –
elogiou.
Veja os principais pontos da entrevista
coletiva:
Estreante e jovem Kadu
- Gosto de trabalhar integrado com a base do clube. Quando
optei pelo Kadu, tinha a referência do Fabinho, que é técnico dele no júnior. O garoto confia nele mesmo. Teve a surpresa, mas ele jogou com personalidade, atuou
como qualquer outro atleta no elenco. É importante contar com um jogador assim.
Compactação e troca de Crispim por Marion
- Teve a situação como a do Kadu, de ter equilíbrio nas
pernas. O Marion é um canhoto e rápido. A gente estuda e sabe que o Avaí é
forte com o Nino Paraíba (lateral direita) e tínhamos que anular o ponto forte
deles. O Marion tem valência e equivale com o Crispim, que viria depois, e
poderia anular o Nino. Ambos tem a consciência de fazer o que a gente pediu, os
dois acompanharam o lado direito, e o ponto forte dele não teve jogada de
intensidade. O futebol de hoje é semelhante ao basquete, tem que saber fazer
tudo e em todos os lados. Hoje, ninguém tem privilégio de jogar com bola no pé.
Ambiente novo
- Foi bacana e muito rápido. O presidente me ligou no
domingo à noite porque iria trocar, me fez o convite. Substituiu dois grandes
treinadores. Às vezes a mudança não implanta a filosofia, você assume
estreando. Eu tive felicidade do grupo me aceitar e a cidade também, fui bem
recebido, as pessoas estão acreditando e sinto que tem que entregar de corpo e
alma. A vitória hoje não ocorreria se não me aceitassem. Teve mudança de
postura, temos um time que sofre junto, não se empolga e não se decepciona, que
sabe que pode melhorar na derrota e também na vitória. Vou continuar
trabalhando para que o ambiente bom criado continue.
Mais leve
- A vitória é bem bacana. A próxima semana vai ser boa, mas
vamos corrigir o que não deu certo. O nosso analista de desempenho filmou
treinos e também o jogo, até no intervalo mostrou algo. A gente poderia
finalizar mais, demoramos na última bola para servir. O mais importante é que a
vitória ocorreu e a mudança influiu de fora positiva.
Torcida
- A atmosfera da torcida é boa. A torcida e a cidade jogam
juntos, têm que pressionar porque participam, a média de público supera alguns
adversários. Torcedor tem que cobrar, fazer uma cobrança positiva. Ela apoiou
desde o início, isso te passa a confiança grande, torcedor foi feliz para casa.
Vibrou, participou junto. Se gritou “olé”, acho que foi mais pelo alívio. Teve
a ocasião relacionada ao octa, e o time teve grande atuação. O time está de
parabéns em todos os sentidos e agradeço à recepção de todos. Não estamos mais
numa posição tão incômoda no momento e temos que ter mais força para sair de
trás, ir bem em jogo fora de casa.
Para melhorar
- Temos situações a corrigir, olhar e ver. É importante
termos o Marcelo Costa e o Marcelinho Paraíba, jogadores que dão tranquilidade
de segurar a bola e usar os garotos. Apesar do jogo intenso, tem momentos de
cadenciar. Vamos trabalhar também o passe o fundamento para estamos bem
resguardados, e usar o espaço que tivermos para matar os adversários.
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