Edição do dia 14/04/2015

14/04/2015 11h19 - Atualizado em 14/04/2015 11h19

Ex-deputado teria comprado votos em cidade no interior de Pernambuco

Documentos apreendidos na Lava Jato indicam que Pedro Corrêa comprou votos. Ele está preso por suspeita de ter recebido propina.

Documentos apreendidos na Operação Lava Jato indicam que o ex-deputado federal Pedro Corrêa comprou votos em uma cidade do interior de Pernambuco. Corrêa já está preso em Curitiba por suspeita de ter recebido propina.

O ex-deputado do Partido Progressista ainda será interrogado. Ele foi transferido de Pernambuco sem algemas e escoltado por policiais federais em um voo comercial. Deixou da prisão onde cumpria pena em regime semiaberto por corrupção e lavagem de dinheiro no mensalão do PT para ocupar uma cela na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

De acordo com as investigações, Pedro Corrêa recebia mesadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Um assessor apontado como laranja de Pedro Corrêa também está preso e pessoas ligadas ao ex-deputado, como parentes e funcionários, foram levadas pela polícia para prestar depoimento.

Documentos encontrados no carro de um ex-funcionário de Pedro Corrêa foram apreendidos pela polícia e levantaram a suspeita de crime eleitoral. O ex-auxiliar administrativo de um haras do ex-deputado disse que Pedro Corrêa comprou votos em campanhas eleitorais no interior de Pernambuco.

No depoimento, Jonas Aurélio de Lima Leite contou que os documentos se referem a comprovantes de compra de votos realizadas por Pedro Corrêa em campanhas eleitorais. São recibos de contas de energia, de água, pagamentos de combustíveis, peças de veículos e compra de materiais de construção.

Segundo Jonas, as compras de voto foram feitas na cidade de Brejo da Madre de Deus. Ele diz que os eleitores procuravam Pedro Corrêa ou próprio deputado oferecia os pagamentos - que eram feitos pela sua equipe política.

O advogado de Pedro Corrêa negou que ele tenha comprado votos em proveito próprio ou para outras pessoas.

No depoimento, o ex-funcionário de Pedro Corrêa não deixa claro em que ano a compra de votos teria acontecido.

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