29/10/2015 20h34 - Atualizado em 29/10/2015 20h58

Menino que teve vídeo gravado em escola terá atendimento psicológico

Mãe do menino se reuniu com Conselho Tutelar e Secretaria de Educação.
Criança de 7 anos jogou móveis e objetos no chão em escola de Macaé, RJ.

Do G1 Região dos Lagos, com informações da Inter TV

 Uma reunião na tarde desta quinta-feira (29) discutiu o caso do menino de 7 anos que foi filmado jogando objetos e móveis de forma violenta no chão de uma escola em Macaé, no interior do Rio. A mãe do menino e representantes da Secretaria de Educação do município e do Conselho Tutelar participaram do encontro, em que foi decidido que o menino vai receber atendimento psicológico. A mãe informou que vai manter o filho na escola.

"Essa criança vai ser encaminhada para um tratamento especializado e a família vai ter todo o acompanhamento", explicou a assistente social Josemarlen Silva.

O vídeo do menino foi compartilhado nas redes sociais e teve grande repercussão. As imagens mostram funcionários da escola Paulo Freire observando e comentando o comportamento da criança. De acordo com a orientadora pedagógica Salvadora Oliveira, desde que o irmão do menino foi morar com o pai na Bahia, há quatro meses, outras situações aconteceram.

"O aluno estava tendo histórico desde dois meses atrás. O que ele passa é que está sentindo falta do irmão e que está sozinho", contou Salvadora.

Ainda segundo a orientadora, no dia que as imagens foram gravadas, a mãe do menino não teria comparecido a uma reunião de pais. Já a mãe afirma que não recebeu nenhum bilhete e que costuma ir às reuniões.

De acordo com a direção da escola, o Conselho Tutelar já havia sido chamado para analisar o comportamento do menino, mas também não compareceu.

Roberta Barcelos, conselheira tutelar, nega que o órgão tenha recebido qualquer notificação: "O Conselho Tutelar desconhece que tenha acontecido uma outra situação similar a essa. O momento em que o Conselho Tutelar foi acionado foi no momento de ontem às 16h30."

A diretora da escola foi afastada pela Secretaria de Educação, que também abriu um inquérito administrativo. A secretaria quer saber quem fez as imagens e compartilhou nas redes sociais.

"Se houve algum erro a gente vai estar apurando e encaminhando para nossa Comissão de Ética. Só que maior que esse problema é essa situacão em que o garoto é envolvido. É uma situação grave. Ele precisa ser encaminhado para as autoridades competentes para analisar esse assuntos", declarou Marcelos dos Santos, representante do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A mãe da criança disse que o filho não apresenta problemas de comportamento em casa e que conversou com ele sobre toda essa situação. Ela ainda afirmou que vai entrar na justiça  por causa da exposição da imagem do filho.

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