Uma reunião na tarde desta quinta-feira (29) discutiu o caso do menino de 7 anos que foi filmado jogando objetos e móveis de forma violenta no chão de uma escola em Macaé, no interior do Rio. A mãe do menino e representantes da Secretaria de Educação do município e do Conselho Tutelar participaram do encontro, em que foi decidido que o menino vai receber atendimento psicológico. A mãe informou que vai manter o filho na escola.
"Essa criança vai ser encaminhada para um tratamento especializado e a família vai ter todo o acompanhamento", explicou a assistente social Josemarlen Silva.
O vídeo do menino foi compartilhado nas redes sociais e teve grande repercussão. As imagens mostram funcionários da escola Paulo Freire observando e comentando o comportamento da criança. De acordo com a orientadora pedagógica Salvadora Oliveira, desde que o irmão do menino foi morar com o pai na Bahia, há quatro meses, outras situações aconteceram.
"O aluno estava tendo histórico desde dois meses atrás. O que ele passa é que está sentindo falta do irmão e que está sozinho", contou Salvadora.
Ainda segundo a orientadora, no dia que as imagens foram gravadas, a mãe do menino não teria comparecido a uma reunião de pais. Já a mãe afirma que não recebeu nenhum bilhete e que costuma ir às reuniões.
De acordo com a direção da escola, o Conselho Tutelar já havia sido chamado para analisar o comportamento do menino, mas também não compareceu.
Roberta Barcelos, conselheira tutelar, nega que o órgão tenha recebido qualquer notificação: "O Conselho Tutelar desconhece que tenha acontecido uma outra situação similar a essa. O momento em que o Conselho Tutelar foi acionado foi no momento de ontem às 16h30."
A diretora da escola foi afastada pela Secretaria de Educação, que também abriu um inquérito administrativo. A secretaria quer saber quem fez as imagens e compartilhou nas redes sociais.
"Se houve algum erro a gente vai estar apurando e encaminhando para nossa Comissão de Ética. Só que maior que esse problema é essa situacão em que o garoto é envolvido. É uma situação grave. Ele precisa ser encaminhado para as autoridades competentes para analisar esse assuntos", declarou Marcelos dos Santos, representante do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A mãe da criança disse que o filho não apresenta problemas de comportamento em casa e que conversou com ele sobre toda essa situação. Ela ainda afirmou que vai entrar na justiça por causa da exposição da imagem do filho.