Os manifestantes que invadiram o Parlamento iraquiano, neste sábado (30), começaram a deixar o prédio depois de protestarem contra a incapacidade dos políticos de aprovar um novo governo - observou um fotógrafo da AFP.
Membros da milícia do influente chefe religioso xiita Moqtada Sadr pediram aos manifestantes que deixassem o local, seis horas depois que eles entraram na fortificada Zona Verde de Bagdá, onde fica a instituição.
À tarde, manifestantes enfurecidos invadiram essa zona, submetida a um forte esquema de segurança por abrigar várias instituições do país.
Alguns deles saquearam parte do prédio do Parlamento, enquanto outros pediam, aos gritos, que agissem "pacificamente" e tentavam evitar os destroços.
Os ativistas se reuniram pela manhã do lado de fora da Zona Verde. Os protestos se tumultuaram quando eles souberam que os deputados não haviam chegado a um acordo - mais uma vez - para a aprovação de um novo governo de tecnocratas proposto pelo primeiro-ministro Haider al-Abadi.
A agitação começou minutos depois de uma entrevista coletiva de imprensa de Moqtada Sadr na cidade santa de Nayaf. O líder condenou a paralisia política, mas não pediu a seus partidários que entrassem na Zona Verde.
Situada no centro de Bagdá, a Zona Verde abriga, além do Parlamento, o Palácio presidencial, os gabinetes do premiê e inúmeras embaixadas, entre elas a dos Estados Unidos.