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Noriega diz que Juvenal Juvêncio fará falta como dirigente: "Era moderno"

Comentarista diz que gestão do ex-presidente do São Paulo, morto nesta quarta-feira, não era livre de críticas, mas exalta qualidades como interesse em dialogar com rivais

Por São Paulo

 


Juvenal Juvêncio, ex-presidente do São Paulo, morreu nesta quarta-feira aos 81 anos de idade. Vítima de câncer de próstata, o dirigente esteve no comando do São Paulo por mais de dez em anos ao longo de duas passagens pelo Morumbi. O comentarista Maurício Noriega destacou a importância do ex-mandatário para o futebol brasileiro e afirmou que o mesmo fará falta entre os clubes.

- Eu diria que ele foi um dirigente retrô. Tinha aquela coisa divertida e bem-humorada da época antiga, mas era extremamente moderno na gestão. Não estou dizendo que morreu virou santo, tem problemas que o São Paulo enfrenta hoje que são oriundos da gestão do Juvenal. Isso depende do dirigente atual averiguar. Mas vinha futebol de forma muito profissional. Entendia muito de jogador, indicava com sucesso. Tinha um jeito legal de provocar, sem ser agressivo. Acho que vai fazer muita falta para o futebol – disse.

Juvenal Juvêncio  (Foto: Site Oficial SPFC)Juvenal Juvêncio faleceu aos 81 anos (Foto: Site Oficial SPFC)

Juvenal esteve no comando do São Paulo entre 1988 e 1990, primeiramente, e depois voltou a assumir durante três mandatos consecutivos, entre 2006 e 2014. Em seu exercício, o time paulista conquistou três Campeonato Brasileiros consecutivos, uma Libertadores e um Mundial de Clubes.

Noriega destacou que a passagem de Juvenal não ficou livre de críticas, como aquelas por causa da alteração do estatuto do São Paulo que permitiu seu terceiro mandato. O jornalista exaltou, porém, o compromisso que o dirigente tinha em manter diálogo com os rivais.

- É uma das críticas de que pesam sobre ele, que poderia ter uma mudança estatutária. Mas eu gostava dele porque tinha coisa da gozação do futebol, mas trabalhava nos bastidores, conversando com os clubes. Ele achava que as coisas tinham que ser resolvidas no campo.

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