Rio Bairros

Contadora de histórias leva projeto de leitura no Rio Comprido

Iniciativa em biblioteca estimula leitura de jovens em plataformas digitais
Benita Prieto comanda atividade em biblioteca no rio Comprido Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo
Benita Prieto comanda atividade em biblioteca no rio Comprido Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo

RIO — Há quem diga que a evolução tecnológica, explicitada nos tablets e nos smartphones, afasta os jovens da literatura e até mesmo do exercício da escrita de textos literários. Diante de um dispositivo móvel, o primeiro impulso deles é navegar por uma rede social ou por algum site de vídeos e entretenimento. Tais atividades nem de longe despertam na turma em idade escolar estímulos de exploração para além do “quadrado virtual”.

Foi pensando na distância entre livros e plataformas virtuais que a engenheira eletrônica e contadora de histórias Benita Prieto criou o projeto “Leitura digital, leitura sem fronteiras”.

O evento consiste, segundo ela, em estimular as múltiplas possibilidades de leitura e escrita através de dispositivos como e-readers e tablets.

— Partindo da experiência de cada um com o mundo digital e com a leitura, vamos entender os novos suportes que a evolução tecnológica nos apresenta — diz Benita.

Para ela, a tecnologia é a ciência do século. E cada dia que passa torna-se cada vez mais impossível viver sem ela.

— Já que é assim, vamos trazer a arte da leitura para esse mundo — comenta a contadora de histórias.

Desde o final de março, Benita percorre as bibliotecas populares do Rio com o projeto. Além de estimular a prática da leitura em crianças, ela organiza oficinas e dá palestras para jovens e adultos.

Hoje, a partir das 10h, Benita estará na Biblioteca Popular do Rio Comprido Anitta Porto Martins, inaugurada no último dia 29 de março, no Rio Comprido. Até o meio-dia, as aulas serão apenas para estudantes da rede pública de ensino. Das 14h às 16h, as oficinas serão abertas ao público.

O novo espaço, de 320 metros quadrados, conta com um acervo de cerca de três mil livros. É a primeira unidade do projeto Bibliotecas do Amanhã, da Secretaria municipal de Cultura, que oferece acesso gratuito à internet e sinal de wi-fi. Até o fim do ano, outras duas unidades serão inauguradas na Tijuca e no Irajá.