Mulheres, homens e até crianças faziam, na noite desta quarta-feira (1º), na Avenida Paulista, um ato contra a "cultura do estupro" no Brasil. O grupo partiu do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em direção à Praça Roosevelt, no Centro. Às 19h, a Força Tática da Polícia Militar fazia um cordão de isolamento na altura da Rua Augusta, bloqueando acesso à Rua da Consolação. O ato chegou ao destino por volta das 19h50. Ele foi encerrado às 20h30.
A concentração do ato teve início por volta das 16h, na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Por volta das 18h, o grupo ocupava todo o sentido Consolação da avenida, na altura da Rua Frei Caneca.
O movimento seguia pacífico. Por volta das 18h30, o ato chegou à altura da Rua Augusta, encontrando-se com o cordão feito pela PM e iniciando entrada na via. Manifestantes do MTST que seguiam na Paulista desde o início da tarde se juntaram à manifestação. O ato deixou o sentido Consolação avenida às 19h41, quando o trânsito foi restabelecido no local.
Com cartazes e gritando palavras de ordem, o movimento protestava contra o recente caso de estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro, onde acontecia manifestação similar; pelo fim da violência contra a mulher; e contra o governo do presidente em exercício, Michel Temer. Em ato simbólico, por volta das 19h, um boneco representando o artista Alexandre Frota foi queimado na Paulista.
Na Praça Roosevelt, manifestantes picharam o muro de uma esquina próxima com textos contra machismo e violência contra a mulher. Eles fizeram um jogral e, juntos, contaram de um a 33, mais uma vez em referência ao caso de estupro no Rio de Janeiro. O ato foi encerrado sob chuva e de forma pacífica.
Mais cedo, na Paulista, manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) protestaram contra o governo do presidente em exercício, Michel Temer. Um grupo ocupou o prédio da Presidência da República, que fica na avenida. Houve confusão.
Depois que um manifestante disparou rojões e foi detido por policiais, outros manifestantes foram atrás para tentar impedir a detenção. Teve início um tumulto e a polícia usou bombas de gás e spray de pimenta para dispersar a multidão. No total, seis pessoas foram detidas, entre elas uma mulher.