29/02/2016 19h29 - Atualizado em 29/02/2016 20h07

Farmácias de alto custo de SP estão sem alguns medicamentos

Pacientes enfrentam filas e não conseguem os remédios que precisam.
Governo informou que alguns fatores podem gerar desabastecimento.

Do G1 São Paulo

Faltam alguns medicamentos nas farmácias de alto custo da Secretaria da Saúde de São Paulo. Alguns deles são enviados pelo governo federal, como mostrou o SPTV. Os pacientes reclamam que não sabem o que fazer para conseguir os remédios.

Na farmácia de alto custo, em Guarulhos, a fila já é grande no horário de abertura, às 7h. Nem todos conseguem o remédio que precisam.

“A gente fica revoltado. Eu já vim três vezes aqui. Manda telefonar, a gente telefona, telefona, e não chega remédio. Não chega remédio, não chegou, que vai fazer? Fico nervoso mesmo”, afirma o aposentado Luís Domingos Dias. A esposa dele precisa de um remédio para controlar bronquite.

O taxista José da Silva necessita do mesmo medicamento. “Como é que eu vou ficar? Como é que eu vou comprar? Não tem como também. Um remédio desse está quase R$ 200,00”, diz.

Raimunda Moreira, ajudante operacional, também reclama da falta de medicamento. “A gente já chega na porta pensando que não tem, porque já volta um monte de gente, aí a gente pensa: meu deus, tomara que tenha o nosso”, afirma.

Alguns medicamentos estão em falta desde outubro de 2015, como o remédio para diminuir os níveis de colesterol.

“Uma pessoa que ganha salário mínimo, como tem condições de gastar R$ 450 ou mais em medicação que não pode ficar sem o uso? É uma vergonha! Vergonha”, afirma Regina Maria de Souza, técnica em enfermagem.

Com uma câmera escondida, a produtora Roberta Giacomoni foi até a farmácia de alto custo da AME Maria Zélia, No Belenzinho, Zona Leste. E também não encontrou medicamentos.

Na terceira farmácia de alto custo que fomos, a do Glicério, no Centro, também não havia alguns remédios.

Distribuição
A Secretaria Estadual da Saúde informou que alguns fatores podem gerar desabastecimento, como atraso ou falta de fornecedor, aumento de preços pelos fornecedores ou falha na distribuição do Ministério da Saúde. A secretaria informou ainda que alguns medicamentos  estão em processo de compra ou já foram comprados.

Já o Ministério da Saúde informou que a Secretaria Estadual é responsável pelo armazenamento e distribuição dos medicamentos citados.

Shopping
    busca de produtoscompare preços de